O órgão que classifica os jogos na Austrália classificou Call of Duty: WWII duas vezes, uma em agosto e outra na última segunda-feira. O estranho é que ele foi classificado como R18+ (para maiores de 18 anos) em ambas ocasiões.
O site Kotaku Austrália resolveu então investigar isso mais a fundo e descobriu uma diferença entre as duas classificações. A segunda não possuía a designação “ameaça de violência sexual”. A remoção disso dá a entender que uma cena implicando violência sexual havia sido editada ou removida do game.
Ao entrar em contato com órgão que classificou o jogo, o site recebeu uma resposta explicando a situação, que você pode ler abaixo (spoilers da campanha, cuidado!):
“Em uma seção do jogo, o jogador controla Rosseau, uma espiã, enquanto ela se infiltra em um prédio alemão. Lá dentro, ela presencia uma mulher sendo arrastada por um soldado nazista dentro de um closet, contra sua vontade, gritando, ‘Vocês são todos porcos!'”
“Rosseau abre a porta do closet, e o soldado diz, ‘Saia. Isso não é da sua conta.’ O jogador então recebe a opção de matar o soldado ou sair.”
“Se o jogador decidir sair, ele fecha a porta, enquanto escuta-se o soldado abrindo o zíper de sua calça e é visto avançando em direção da mulher. Ela grita, ‘Ah! Fique longe de mim!’ enquanto Rosseau sai.”
“É implícito que o soldado irá violentar sexualmente a mulher, mas em nenhum momento a violência é exibida.”
O que a Activision fez então foi editar a cena, removendo o áudio do soldado nazista abrindo o zíper de sua calça, assim como trocar as vestimentas da mulher por algo menos sugestivo. De acordo com o órgão de classificação indicativa, “a remoção do áudio significa que o aviso ao consumidor de ameaça de violência sexual não é necessário”.
A Activision não respondeu se essa edição aplica-se apenas para a Austrália ou todos os países. Mesmo que não responda, daqui algumas semanas poderemos descobrir a resposta por conta própria, jogando o game.
Call of Duty: WWII chega no dia 3 de novembro para PS4, Xbox One e PC.
