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Crítica: Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Acabei de voltar da pré-estreia de Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos, que irá estrear essa semana nos cinemas brasileiros. Este era um filme que eu estava bastante ansioso para assistir, pois como fã de carteirinha da consagrada franquia da Blizzard, fiquei com muita curiosidade para saber se um longa metragem se sairia tão bem quanto os jogos.

Infelizmente, o filme não me empolgou durante quase toda a sua duração. Apesar dos efeitos especiais serem excelentes, especialmente no detalhismo incrível dos orcs, com ossos pendurados no pescoço como troféus, suas armas colossais, as montarias de lobo, o roteiro é péssimo. Ele falha não apenas em manter a atenção dos fãs que conhecem bem a história da série Warcraft, mas ainda mais em fazer isso nas pessoas que apenas foram ao cinema ver algo nos moldes de Senhor dos Anéis ou Game of Thrones.

warcraft

A história se passa no mundo de Azeroth, lar da raça humana que é invadido pelos orcs que estão fugindo de sua terra natal, a qual jaz em ruínas. A trama é inteiramente baseada nos acontecimentos da First War, ou Primeira Guerra, ocorridos durante o jogo Warcraft: Orcs & Humans, lançado para PC em 1994.

Veja bem, é nesse ponto que o filme falha, e muito. Tudo acontece rápido demais, deixando várias coisas sem explicação, exceto, é claro, se você for um viciado em Warcraft, que sabe de cor e salteado tudo que ocorreu durante a invasão dos orcs, através do jogo e também das várias publicações impressas a respeito disso. Se for o seu caso, é bem provável que assim como eu consegui, você também irá ligar os pontos. No entanto, o sujeito comum que só queria ver um filme com temática medieval, e até mesmo aquela pessoa que apenas jogou World of Warcraft e nunca se interessou em saber o que aconteceu antes na franquia, vai boiar na maior parte do tempo.

warcraft-garona

As batalhas entre orcs e humanos carecem de emoção. Você não sente o ardor dos conflitos em momento algum. Caso esteja esperando algo parecido com a invasão de Helm’s Deep (ou Abismo de Helm), esqueça, não chega nem perto disso. O filme também não apresenta aquilo pelo qual tanto os humanos quanto os orcs estão lutando. O tempo todo só aparecem campos de batalha, castelos, torres. Em momento algum você percebe a grandeza de Azeroth.

Voltando a falar daquilo que gostei no filme, achei bastante fiel o modo como ele informou o que aconteceu na First War. Não está tudo exatamente igual, mas ficou bom nesse ponto apesar disso. Todos os personagens principais deste capítulo da saga também aparecem, o que é ótimo. Durotan, líder do clã Frostwolf da Horda. Gul’dan, bruxo que guia os orcs para Azeroth. Blackhand, chefe da Horda. Garona, orc mestiça muito misteriosa e na minha opinião o melhor personagem do filme. O rei Llane Wrynn I da Aliança. O Guardião Medivh. O mago Khadgar e o guerreiro Anduin Lothar, que tenta durante todo o momento ser aquele com maior destaque, mas não consegue. Outro detalhe interessante e que eu adorei é que, assim como no MMO, os orcs não entendem os humanos e vice-versa.

warcraft-anduin

Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos tenta ser um bom filme, mas falha em atingir este objetivo na maior parte do tempo. É certo que haverá uma sequência, mas eu espero que não repitam todos os problemas de direção e roteiro presentes neste longa. A história é contada de maneira tão apressada que fica difícil se interessar. Em suma, se você é um grande fã de Warcraft, até vale a pena ir assistir, mas caso você não seja, pense duas vezes.

NOTA – 5/10

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