Tomek Baginski, produtor executivo da série de The Witcher da Netflix, defendeu recentemente a decisão de realizar mudanças em comparação com o material original dos livros, dizendo que as “simplificações” são necessárias por causa do público americano, que não conseguiria entender um “nível mais alto de nuance e complexidade”.
Em uma entrevista recente, Baginski explicou que há momentos em que alterações precisam ser feitas por razões práticas. “Às vezes as mudanças são o resultado do caos da produção, porque, por exemplo, um ator adoeceu e seu enredo precisa ser editado e reescrito em poucas horas para ser gravado no dia seguinte”, explicou.
No entanto, ele também teceu críticas ao público médio americano, dizendo que tratam-se de pessoas que não conseguem entender histórias complexas, sendo necessário simplificá-las.
Ele afirma que isso é resultado da narrativa americana em que “a América é sempre boa, o restante são os caras maus. E não há complicações”.
“Quando uma série é feita para uma enorme massa de telespectadores, com diferentes experiências, de diferentes partes do mundo, e grande parte deles são americanos, essas simplificações não só fazem sentido, como são necessárias”.
Ele também confessa ser “doloroso” realizar essas mudanças, mas mantém a opinião de que são necessárias.
The Witcher teve sua terceira temporada disponibilizada na Netflix, sendo a última com Henry Cavill, que decidiu sair justamente por não concordar com as mudanças realizadas na história em comparação com os livros. Liam Hemsworth tomará seu lugar na quarta temporada, caso ela ocorra.
