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Sobreviventes de massacre em sessão de Batman terão que indenizar cinema em US$ 700 mil

No dia 20 de julho de 2012, um atirador munido de um rifle, escopetas e pistolas, invadiu uma sala de cinema na cidade de Aurora, Colorado, nos Estados Unidos, e matou doze pessoas e feriu outras 70, enquanto assistiam a “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge“.

Alguns desses sobreviventes que tiveram sequelas e traumas do massacre, moveram uma ação civil contra a rede de cinema Cinemark em busca de indenização. A rede de cinema alegou que não poderia ter feito nada para prevenir que uma tragédia como aquela acontecesse, a mesma conclusão que o júri chegou.

Assim, como o Cinemark não foi declarado culpado, com base em uma lei de Colorado, a acusação — que no caso é composta pelos sobreviventes e os familiares das vítimas — terão de arcar com os custos do processo, estimados em US$ 700 mil (mais de dois milhões de reais), segundo informações do jornal Los Angeles Times, postadas nesta segunda-feira (5).

Porém, após o veredicto em junho, o juiz R. Brooke Jackson, tentou que os 41 responsáveis pela ação civil entrassem em um acordo com a empresa ou então teriam que pagar os US$ 700 mil.

As vítimas tinham duas opções: “Ou vocês vão atrás de justiça e ficam endividados ou aceitam uma ridícula quantia de dinheiro“, disse Marcus Weaver, um dos queixosos que afirmou que ainda tem pesadelos com o corpo sem vida de seu amigo caindo sobre o seu no dia do massacre, quando foi baleado no ombro.

O acordo oferecido pela empresa foi de US$ 30 mil para três pessoas consideradas em estado mais grave, enquanto as outras 38 vítimas iriam dividir a quantia de US$ 60 mil, totalizando assim apenas US$ 150 mil em indenizações, além de o Cinemark garantir melhorias nas políticas de seguranças em suas salas.

O acordo não era o que as vítimas queriam, mas quase foi aceito para colocar um ponto final na história, se não fosse por uma mulher, não identificada, que não aceitou o acordo por achar humilhante demais.

De acordo com o jornal, essa mulher teve um filho assassinado no massacre e ainda perdeu o movimento das suas pernas e o bebê que carregava, já que estava grávida na época.

Segundo o Los Angeles Times, não se sabe se o Cinemark irá, de fato, cobrar a indenização dos gastos no processo.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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