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Wolfenstein II: The New Colossus

A franquia Wolfestein foi revitalizada em 2014 com “The New Order”, título bastante aclamado pela crítica e bem recebido pelos fãs. A sequência desenvolvida pela MachineGames mantém o pique de seu antecessor dando continuidade as desventuras de Blazkowicz distópico Pós Segunda Guerra Mundial controlado pelos nazistas. Confira agora nossa análise.

The New Colossus acontece 5 meses após os eventos de seu antecessor. Encontramos “Billy, o Terrível” cadeirante e vulnerável enquanto sua base é atacada pelos inimigos, e é assim que o game começa. Com uma arma na mão e a outra empurrando a cadeira de rodas o jogador precisa se virar para sobreviver a este primeiro grande desafio.

Frau Irene Engel, a grande vilã do game. Uma das melhores representações de sociopatia já vistas em jogos.

Após vestir uma super armadura que dará novamente plenos movimentos a Billy, a missão principal do jogador fica clara: derrotar o império nazista, mas como é de se esperar, isso não será fácil e muito menos linear. Para chegar ao seu objetivo diversos obstáculos aparecerão em seu caminho e aliados terão de ser recrutados para que a Resistência Americana tenha força para enfrentar o inimigo maior.

Cada área é extremamente detalhada.

Embora todo o enredo gire em torno disso, o game encontra espaço para trabalhar outras questões, como os dilemas entre Billy e sua esposa, o passado sombrio envolvendo o pai do herói, as divergências familiares entre a vilã Irene Engel e sua filha Sigrun e também reflexões pontuais sobre como seria a vida de certos grupos sociais caso o império alemão tivesse vencido a guerra e dominado os Estados Unidos. O jogo deixa o discurso político de lado e debate as questões patrióticas como se os personagens estivem numa mesa de bar, e é esta coloquialidade das discussões que dá charme as opiniões fortes de cada um.

A Resistência Americana é formada por uma equipe com bastante personalidade.

Graças a necessidade de escolher Fergus ou Wyatt, que alteram os eventos e melhorias disponíveis no game vale a pena jogar o título mais de uma vez, pois as diferenças são consideráveis.

A jogabilidade de Wolfestein II é dinâmica e aberta, permitindo que o jogador possa agir como bem entender: sendo mais stealth, matando menos inimigos e esgueirando-se pelos corredores ou implantando o verdadeiro caos eliminando um a um dos nazistas que aparecem em seu caminho. Variar o estilo de combate e estratégias é altamente recomendado, pois a medida em que você realiza um determinado número repetido de golpes, por exemplo, você libera um aprimoramento para seu personagem, que pode deixa-lo, mais forte, mais rápido, e assim por diante.

Além da excelente jogabilidade o game é brutal. As cenas de eliminação dos inimigos são repletas de sangue e desmembramento dos adversários, seja com arma branca ou armas de fogo, o estrago é sempre grande.  Diga-se de passagem, os soldados nunca estão sozinhos, por isso prepare-se para enfrentar hordas e mais hordas de homens muito bem armados, robôs, cães treinados e soldados especiais com lança-chamas e armas pesadas.

De soldados a cães gigantes com lança-chamas: há muitos inimigos desafiadores.

Os gráficos são muito bonitos. O level design é ricamente detalhado e cada ambiente tem bastante personalidade, em especial os locais destruídos por catástrofes. Nota-se a dedicação da MachineGame em ser original em cada cenário do game. Já a trilha sonora é puro rock, com arranjos progressivos da melhor qualidade, lembrando bastante DOOM.

Wolfestein II: The New Colossus é um colírio para os fãs de jogos single player. Totalmente focado na experiência offline, o título agrada os jogadores hard-core e old school por apostar na formula clássica de sair atirando e passar de nível. Embora Billy, o Terrível seja o protagonista a história da voz aos demais personagens, o suficiente para conhecermos muito bem cada um e até se apegar a eles. Outro ponto forte é a antagonista, Irene Engel, que é sem sombra de dúvidas uma das maiores sociopatas que que já deu as caras nos videogames. Se ainda não jogou Wolfenstein, esta é a hora perfeita para conhecer a série.

Uma cópia de avaliação foi cedida pela Bethesda para análise.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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