em 2004 a Nintendo quase lançou o seu Smartphone que rodava games do GBA
Atualmente parece que todo mundo está dizendo para a Nintendomigrar para os dispositivos móveis, mas ironicamente há 10 anos atrás a empresa quase lançou o seu próprio celular.
Um ex-funcionário da Danger Research – empresa que surgiu com o popular smartphone T-Mobile Sidekick (modelo usado na imagem acima) – revelou que lá em 2004 a perspectiva de jogos da Nintendo em dispositivos móveis quase se tornou uma realidade.
Ele conta que um protótipo chegou a ser criado, chamado de G1, que usava sistema operacional inovador da Danger Research e que podia rodar jogos do Game Boy Advance.
A tela colorida do G1 teria sido fabricada pela Sharp, e era a mesma usada pelo GBA, assim como outros componentes em comum, o que gerou a ideia do celular rodar os games do portátil.
Eles então extraíram um chip do GBA e o colocaram na parte de trás da placa principal do G1. Também criaram uma interface que podia facilmente mudar o que se mostrava na tela, ou iniciar, pausar ou parar um jogo. O aparelho vinha com um direcional d-pad e quatro botões nos cantos.
Quando se estava jogando e o aparelho recebia uma chamada telefônica, o game automaticamente entrava em modo de pausa e uma tela de alerta aparecia, perguntando se o usuário gostaria de atender a chamada. Assim que a ligação era terminada, o sistema voltava para o jogo.
O time de desenvolvimento da Danger Research também criou um interessante sistema de distribuição de jogos digital, isso numa época anterior de iOS, Android ou eShops, que hoje existem aos milhares.
“Como nós tínhamos nossa network, e uma app store, parecia uma grande maneira para distribuir Roms do GBA. Você podia escolher os games na loja virtual, baixá-los e jogá-los em segundos, sem precisar de cartuchos“, explicou.
O mais incrível dessa história, é que o protótipo foi mostrado para os executivos pica-grossas da Nintendo, que ficaram realmente muito impressionados, mas…:
“Os executivos da Nintendo ficaram extasiados. Eles absolutamente amaram. Mas infelizmente, as licenças da Nintendo para todos os jogos em seu catálogo não incluem direitos para distribuição eletrônica. Isso, juntamente com a necessidade de tirar novas screenshots, e escrever um novo catálogo em formato eletrônico, determinar preços, etc, significava que não havia como para nós construir todo um catálogo de títulos em tempo para o Natal daquele ano. Todo o projeto fracassou e morreu, mas caramba, foi muito legal“.
Já imaginaram, num universo alternativo, como poderia ser tudo diferente hoje em dia se a Nintendo tivesse lançado esse Celular-GBA, anos antes de iPhone existir? A telefonia celular poderia ser completamente diferente do que conhecemos hoje, a Danger Research poderia ser a dominante no mercado, ao invés da Apple e Android. Teria o Nintendo DS sequer existido? Nós jamas saberemos, mas é interessante notar como a Nintendo já estava aberta para tais ideias anos atrás, e hoje em dia parece estar mais reservada quando se trata do assunto.
