Análises

Mortal Kombat X

MORTAL KOMBAT X MARCA REDENÇÃO DEFINITIVA DA FRANQUIA

Em 2011, Mortal Kombat 9 resgatou a franquia de um abismo onde se encontrava há mais de uma década, marcada por jogos medianos e pouco chamativos. A fórmula foi simples: dar um reboot e apresentar uma linha do tempo alternativa, resgatando os personagens, cenários e fatalities que tanto impressionaram os fãs nos anos 90. Mas ficava a pergunta no ar. A NetherRealm Studios teria condições de manter a qualidade do jogo e de acrescentar novos elementos? Mortal Kombat X mostra que sim.

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EXPERIÊNCIA OTIMIZADA

Logo de cara o jogador já tem à disposição 23 lutadores (Shinnok só é desbloqueado zerando o modo história), além dos cinco que virão por DLC (Tremor, Tanya, Jason, Predador e Goro, sendo este último já disponível para quem comprou o game na pré-venda), totalizando 29 “kombatentes”. Os antigos lutadores, agora com alguns cabelos grisalhos, encontram uma nova geração de mocinhos e vilões interessantes que devem agradar a maioria dos fãs e honrar o legado de Mortal Kombat no futuro.

mortal-kombat-x-1426171011033_1920x1003A jogabilidade está mais fluida e rápida, os golpes são simples de executar, algo que agrada os jogadores casuais, mas os experts em jogos de luta também podem utilizar técnicas e estratégias mais avançadas para finalizar seus oponentes. Das “novidades” apresentadas, não há nada inovador de fato. Elementos como brutalities, variações de estilo de luta e cenário interativo já estiveram presentes em jogos antigos da franquia ou em “Injustice: God Among Us”, mas aprimorados para melhorar a experiência do jogador. Os fatalities e X-Rays foram muito bem elaborados e impressionam a cada vez que são executados pela quantidade de detalhes.

uol-jogos-1424267419671_1920x1080Tirando o acréscimo de alguns quick time events, o modo história é praticamente idêntico ao jogo anterior. São 12 capítulos, cada um com um lutador diferente, que contempla um período de 25 anos desde a derrota de Shao Kahn até a invasão de Shinnok na Terra (para quem gosta da história de Mortal Kombat como eu, sugiro a leitura das histórias em quadrinhos publicadas pela DC Comics para entender melhor os eventos que antecederam o jogo). Alguns personagens não selecionáveis fazem pequenas aparições no modo história, sendo que algum deles podem ser enfrentados, o que pode sugerir que sejam adicionados mais tarde via DLC. Aliás, as cutscenes do modo história exibem uma qualidade cinematográfica, dando a sensação de estar assistindo a um filme. É uma mostra do que teremos pela frente nesta geração de consoles.

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MUITA COISA PARA FAZER
Além dos clássicos Arcade, Versus, Test Your Might, Test Your Luck, Torre dos Desafios e o modo de treinamento, foram acrescentados os modos Endless e Sobrevivente, onde o jogador desafia hordas de kombatentes com apenas uma única barra de energia, além das Living Towers (requer conexão online), torres de desafios que mudam diariamente ou semanalmente.
Na jogatina online, há os modos Versus (um contra um), batalhas em equipes e o Rei da Montanha (King of The Hill), lutas onde outros jogadores online podem interagir durante o “kombate”.

Faction-Wars-Vid-MKX (1)No entanto, a grande novidade fica por conta da “Guerra de Facções“ (Faction Wars), que deve estender a vida útil de MKX muito tempo. Logo no começo do jogo o jogador tem que escolher um dos cinco grupos disponíveis (Sociedade Lótus Branca, Lin Kuei, Irmandade das Sombras, Forças Especiais e Dragão Negro). Cumprir certas tarefas é fundamental para somar pontos e ajudar a facção a triunfar na semana.

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Vale uma menção especial para a “kripta”. Diferente dos outros jogos, onde bastava apenas desbloquear as tumbas com as moedas ganhas, desta vez ela se tornou um minigame em primeira pessoa, onde o jogador explora um cemitério com diversas referências ao universo de Mortal Kombat. Nem todos os lugares estão disponíveis logo de cara, sendo necessários encontrar alguns itens como o chapéu do Kung Lao, o bastão do Raiden entre outros para desbloquear certas áreas e ter acesso aos colecionáveis.

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NEM TUDO SÃO FLORES

Ainda que seja uma mão na roda para os que não dominam o inglês, a localização do jogo para o português é mais uma vez o ponto fraco do jogo. Se Mortal Kombar 9 foi lançado com erros grotescos nas legendas, que viraram piada na internet, desta vez a reclamação fica por conta da dublagem dos personagens, muito por conta da falta de emoção e entonação nas falas. A voz do Quan Chi ficou muito ruim e não passa. A cantora Pitty, que dubla Cassie Cage é o nome mais famoso no time de dubladores, não foi perdoada pelos fãs, que produziram diversas montagens em vídeo para ironizar o trabalho da artista.

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Claro que a culpa não é só dela, há outros fatores que contribuem na baixa qualidade do trabalho, mas o fato de ela ser uma celebridade ajudou a atrair a atenção negativa para este fato. Acredito que seja um caso isolado, uma vez que “Injustice” recebeu uma boa dublagem, mas fica o alerta para a NetherRealm caprichar no próximo jogo, uma vez que está lidando simplesmente com sua principal franquia.

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