Análises

Transistor

Joguei esses tempos “Transistor“, um RPG de ação com elementos de ficção científica, que realmente me surpreendeu pelo seu estilo inspirador, com elementos retrô de jogos clássicos dos anos 80/90, mas ao mesmo tempo com uma pegada mais moderna.

O jogo foi lançado em 2014 pela Supergiant Games para PC (via Steam) e PlayStation 4 sem chamar muita a atenção. A trama convida o jogador a usar uma poderosa e fantástica arma de origem desconhecida e explorar uma cidade deslumbrantemente futurista, ao mesmo tempo em que luta contra bandidos e procura pelos antigos donos da arma.

A narrativa é bem interessante construída, e para quem gosta de histórias scifi certamente vai querer acompanhar o que acontece durante a aventura da protagonista Red, a bela ruiva que é uma famosa cantora na cidade chamada Cloudbank, mas que teve sua voz roubada. Ela é atacada por uma força robótica e tem em mãos a enorme espada Transistor, que possui a consciência de um homem morto e consegue se comunicar com a jovem (além de servir como narrador da história). Isso é apenas o começo do jogo, já deu pra sentir o que lhe espera, não é?

O visual e gráficos do jogo são no estilo isométrico cyberpunk, como nos clássicos de outrora e que pouco vemos hoje em dia, com grande destaque para os efeitos de iluminação, cores, luzes e sombras, que combinados com o design artístico inspirado, criam belos cenários e uma atmosfera envolvente.

A mecânica ágil e a jogabilidade acessível são outros pontos fortes do título, que não se limitam apenas ao esmagamento de botões, oferecendo elementos de estratégia para o estilo de combate isométrico. Red pode travar lutas em tempo real ou usar uma técnica chamada “Turn”, que congela o tempo por um tempo limitado permitindo planejar uma série de técnicas especiais contra os rivais. Até a barra de energia encher novamente, Red não poderá usar o Turn.

A heroína ganha pontos de experiência e pode adquirir novas habilidades de vítimas encontradas pelo caminho, que são equipadas como um dos quatro movimentos principais que podem ser usados durante a partida. Essas habilidades são personalizáveis e podem criar efeitos em outras técnicas, fazendo com que o jogador experimente combinações para ver os resultados. Por exemplo, é possível usar uma técnica que transforma os inimigos em seus aliados por um curto período de tempo. Você pode combinar essa técnica com o movimento Dash, e assim quando atravessar um inimigo ele mudará de lado, ao mesmo tempo que você foge.

A trilha sonora, composta por Darren Korb, é fantástica e combina perfeitamente com a atmosfera do jogo, com um estilo que mistura música eletrônica, jazz e rock. Várias músicas contam com instrumentos como guitarras, baixos, harpas e sintetizadores, que puxam para temas melódicos e envolventes. A trilha também conta com cinco belas músicas cantadas por Ashley Lynn Barrett. Confira uma delas abaixo:

Infelizmente o game é bem curto, com apenas cerca de seis horas de duração. Algo que pode incomodar são os ângulos da câmera, que as vezes não oferecem uma visão clara dos campos de batalha.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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