Análises

Crackdown 2

– Apesar da falta de inovação e das falhas, ainda é um game divertido –

Você lembra do jogo Crackdown para o Xbox 360, lançado em 2007 (e que dava acesso à tão esperada beta de Halo 3)? Era bem bacaninha, não? Uma espécie de GTA com muita liberdade em sua jogabilidade e muita diversão sem compromisso, o que acabou garantindo uma boa base de fãs para o título.

Em 2010 lançou sua continuação, Crackdown 2, jogo de ação em terceira pessoa exclusivamente para o Xbox 360, que usa basicamente a mesma estrutura do jogo original, o que não é ruim, se você curtiu o primeiro jogo, vai gostar deste também. Mas o problema é a falta de inovação, que não acompanhou os padrões atuais e aparenta ultrapassado na tela da TV. A história é uma sequência do primeiro jogo, na mesma cidade, com algumas diferenças. As novidades são poucas e básicas, como novas armas, veículos e inimigos, mas nada de essencial. Parece mais um pacote de expansão do primeiro título.

Os eventos de Crackdown 2 ocorrem 10 anos depois do original. A cidade Pacific City desfrutou de um curto período de paz, mas agora se encontra caótica por causa de um vírus que foi solto na cidade chamado de “Freak”, que transforma a população em aberrações mutantes ansiosos por destruição e violência. Você é um super agente do grupo conhecido como “Agency” com a missão de limpar a cidade dessa praga mutante, acabar com a organização terrorista “The Cell” que liberou o vírus e restabelecer a paz e a ordem na cidade. Básico.

Você poderá já no início do game customizar o seu personagem, escolhendo a sua etnia e sua armadura, nada de muito complexo e que não afetam em nada a jogabilidade durante o jogo. Sua armadura é equipada com um arsenal poderoso, além de lhe garantir mais força e habilidades especiais, que poderão ser evouídas durante o seu progresso. O seu personagem tem cinco habilidades principais, a primeira é a agilidade, sendo ele capaz de saltar a grandes distâncias; habilidade de disparar armas, que pode ser evoluída de acordo com a quantidade de inimigos derrotados; habilidade de combate fisíco, que também depende da quantidade de inimigos destruídos para evoluir; habilidade de jogar granadas, excelente para ataques a longa distância e finalmente a habilidade de dirigir veículos, fundamentais para percorrer pontos distantes do cenário, podendo evoluir atropelando os Freaks que estiverem pelo caminho.

Sem dúvida um dos elementos mais divertidos de Crackdown 2 é você poder evoluir o seu personagem nessas cinco categorias. Ao atingir o nível cinco na agilidade o seu personagem será capaz de planar pelo cenário. Os veículos ficam mais resistentes e assim por diante com as outras habilidades. O game também apresenta ciclos de dia/noite, que irão influenciar no tipo de inimigos que você enfrenta. Durante o dia os membros terroristas saem nas ruas para te enfrentar e durante a noite as ruas são tomadas pelos monstros mutantes (pegue o seu veículo e atropele todo mundo).

Você tem como objetivo ativar dispositivos que estão espalhados pela cidade de Pacific City, geralmente acessados por um local sob controle do grupo terrorista, para pode acabar com a expansão dos Freaks. Há outras missões paralelas, que não são obrigatórias para se chegar ao final do game, mas que podem render mais algumas horinhas, como assumir o controle de células terroristas e controlar os surtos dos monstros mutantes. Você também pode sair à procura de skill points ou orbs espalhados pelo jogo, além de arquivos de áudio que explicam melhor a história do game.

Em termos gráficos Crackdown 2 faz um trabalho razoável através de um visual cell shading, que não chega a surpreender em nenhum momento, apresentando designs, detalhes, texturas, efeitos e cores simplistas. Nem mesmo as explosões chegam a impressionar. Para começar é a mesma cidade já explorada no primeiro game, então já perde uns pontos. A parte sonora trabalha bem nos efeitos especiais, como tiros e explosões, mas sem grandes destaques para a trilha sonora ou dublagem (apesar de ter um narrador muito chato).

O jogo também apresenta um modo multiplayer online para 16 jogadores, através do “Deathmatch”, “Team Deathmatch” e “Rocket Tag”, sendo esse último o mais divertido em minha opinião. Nele você tem que pegar um Orb que deixa seu personagem de cor dourada, um excelente alvo para os outros jogadores que tentarão te matar para pegar o Orb. Os níveis das suas habilidades no modo campanhar irão influenciar no multiplayer, então quanto mais evoluído, melhor (senão prepare-se para levar uma coça de outros jogadores por lá). Também é possível jogar o modo campanha em modo cooperativo com quatro colegas.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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