Análises

Pac-Man: Championship Edition DX

Com alguns dólares para gastar na PSN Store, resolvi, depois de certo tempo inativo por lá, dar uma olhada nas novidades, que se não são exatamente games novos, são games que eu não sabia, ou não me lembrava, que estavam disponíveis.

Depois de ir diretamente fazer o download do demo de Mortal Kombat 9, vi um game, exclusivo para download, que a muito tempo queria comprar, mas que simplesmente não o havia feito ainda, game esse que, aliás, me deixou muito mais “into him” do que o próprio demo de Mortal Kombat 9. Apresento aqui Pac-Man: Championship Edition DX.

Nham, nham, nham!!!

Fato: Não sou o maior fã do mundo de remakes de games clássicos. E isso tem um motivo muito simples, eles nunca fazem jus aos originais. Shinobi, Golden Axe, TMNT, Prince of Persia Classic, e por ai vai. Entretanto, finalmente, agora posso dizer que existe um remake de um game clássico que, além de beber completamente da fonte de sua origem, é muito melhor do que o original.

Pac-Man é um ícone no mundo dos games, conhecido por toda e qualquer pessoa que seja um ser humano, se não pelo seu nome oficial, pelo seu apelido, pelo menos local, “come-come”.

O game clássico tem uma tônica simples e extremamente viciante: O jogador, controlando o famoso “come-come”, tem de comer todas as bolinhas amarelas do labirinto, enquanto foge dos quatro fantasmas que o perseguem. Em cada uma das extremidades do labirinto existem bolinhas energéticas que permitem que o jogador temporariamente coma os fantasminhas, que passam a fugir do jogador durante esse período, mas que voltam para continuar a perseguir o jogador pouco tempo depois de comidos. Quando todas as bolinhas do cenário são comidas, um novo labirinto se forma e a brincadeira de “gato e rato” continua.

Pac-Man: Championship Edition DX segue exatamente essa mesma estrutura do game clássico, mas adiciona temperos que fazem de Championship Edition DX um game muito melhor do que o original.

Na nova “encarnação” do famoso “come-come” temos a dormir em pontos espalhados do labirinto vários fantasminhas , que são acordados ao se passar perto deles. Ao acordarem, esses fantasminhas passam a perseguir o jogador, fazendo tão somente a mesma trajetória que o jogador fizer pelo labirinto. Cada fantasminha que é acordado se une aos fantasminhas que já o estão perseguindo, formando uma fila de dezenas de fantasminhas no seu encalço, causando um efeito similar ao saudoso “Game da Cobrinha” dos celulares.

“E o que isso tem de bom”? Você me pergunta.

Bom, quando pegar uma bolinha energética e comer sequencialmente todas essas dezenas de fantasmas vai entender o quão divertido é fazer essa fila se tornar extensa só para fazer isso de novo e de novo. É a coisa mais simplória e gratificante do universo comer esse monte de fantasminhas todos juntos de uma vez só.

Agora o cenário não vem cheio de bolinhas. É apresentada uma quantidade limitada de bolinhas e fantasminhas dormindo no cenário. Ao se coletar certa quantidade de bolinhas uma fruta aparece em alguma parte do cenário, ao comê-la, mais bolinhas e fantasminhas dorminhocos aparecem e isso se repete ao longo da partida. A cada fruta comida pelo jogador, os fantasminhas que não foram acordados da sessão anterior são eliminados do cenário, ou seja, o ideal é acordar todos antes de comer a fruta.

A bolinha energética também não aparece em locais pré-determinados do cenário, aparecendo junto com novos fantasminhas e novas bolinhas ao longo da partida.

Uma novidade interessante é a adição de bolinhas energéticas dentro de alguns dos fantasminhas, ou seja, ao comer um fantasminha desse, seu tempo hábil para comê-los é incrementado novamente.

Ao longo da partida, fantasminhas que seguem a regra do game clássico, ou seja, que lhe perseguem tentando sempre lhe emboscar e que fogem de ti quando podem ser comidos pelo jogador se unem à equação, o que deixa a partida ainda mais divertida e emocionante.

O jogador agora tem em mãos, o que o game chama de bombas, que fazem com que todos os fantasminhas que estejam acordados e lhe perseguindo voltei à “casinha” de fantasmas, no centro do labirinto, saindo de lá para voltar a lhe perseguir, fato esse que dá ao jogador um tempinho a mais para pensar no que fazer, ou mesmo usar esse recurso para escapar de mortes certas.

Ao longo da partida os labirintos vão mudando de forma o que adiciona emoção à partida. Essa alteração ocorre de maneira bem fluida ao longo do game, chegando a, em certos momentos, sequer ser sentida pelo jogador, até que o mesmo vá à localidade alterada e repare que algo ali está diferente.

Para completar, à medida que a pontuação aumenta, o game vai ficando mais rápido, forçando o jogador a desenvolver reflexos praticamente sobre-humanos, para conseguir terminar a partida sem ser morto uma vez sequer.

Em contra partida a essa velocidade maluca, sempre que existe o perigo de o jogador tocar um fantasminha e morrer, um efeito de câmera lenta ocorre, dando um tempinho, pequenino mesmo, para o jogador resolver o que pode fazer para se livrar da situação em que se enfiou.

Não sei se deu para resumir bem o como o game o é, mas vou resumir em uma frase: “É um orgasmo de diversão!”.

Visualmente, o game apresenta oito designs de labirintos e seis designs distintos de personagens para se escolher antes de cada partida, além de cinco músicas e de nível de dificuldade, dependendo do modo de jogo. É possível também alterar as cores padrão dos cenários.

Durante a partida são apresentados a pontuação alcançada até o momento, a quantidade de frutas comidas, o tempo restante para que a partida de encerre e o contador de combo, para a contagem de fantasminhas comidos sequencialmente.

Sonoramente o game bebe da fonte do original, com todos os seus efeitos sonoros sendo os mesmos do Pac-Man original, mas em alta qualidade. A trilha sonora é musica eletrônica de qualidade, o que garante batidas agitadas e que fazem todo o sentido dentro da loucura que as partidas são.

Os modos de jogo são vários, mas que se resumem em três modos de partidas distintas.

O primeiro modo é a partida que visa tão somente pontuação. Nesse modo o objetivo é conseguir a maior pontuação possível dentro do tempo delimitado.

O segundo modo é o “Ghost Combo”. Nesse modo temos de conseguir comer a maior quantidade de fantasmas sequencialmente possível. É, possivelmente, o modo mais interessante de todos.

No terceiro modo de jogo, temos de comer a quantidade de frutas determinadas pelo game no menor tempo possível.

Para fechar, temos um ranking online que listam os melhores 48.000 por sessão. Cada sessão é discriminada por um modo de partida especifico em cada um dos modos de jogo disponíveis. Cada uma das marcas ranqueadas possui o replay da respectiva partida para que todos assistam e vejam o que aquele jogador fez para alcançar tal marca.

Para os loucos por troféus / conquistas, o game as possui, para aqueles que sejam bons o suficiente atingir as pontuações, combos ou rankings necessários.

Pac-Man: Championship Edition DX é com certeza um dos melhores games disponíveis para PSN Store e para a Live, por certo, é o meu game favorito para download.

Aconselho veementemente que todos, independentemente de ser um jogador Old School ou não, experimente Championship Edition DX, pois com certeza se viciarão do danado do game assim como eu me viciei.

Agora me dêem licença, pois tenho de ir ali jogar Pac-Man: Championship Edition DX para melhorar minhas ranking online…

Eduardo Farnezi

De volta como contribuidor freelancer do site GameHall, um dos fundadores do não mais existente blog Canto Gamer, fundador do blog Gamerniaco e ainda atuante nos projetos do grupo Game Champz e Agência Joystick. Gamer por paixão, cinéfilo por vocação, leitor de mangás e HQs por criação e nerd pela somatória dos fatores. Acredita que os únicos possíveis cenários de apocalipse são Zumbis e Skynet e não sai para noitadas por medo do que Segata Sanshiro pode fazer se encontrá-lo.

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