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Past Cure

O estúdio Phantom8, responsável por Past Cure pensou grande. Os desenvolvedores apostaram em uma trama de terror psicológico mesclando ação, tiroteios e elementos do stealth. Mas eles não pararam por aí… Ian, nosso protagonista também é dotado de poderes psíquicos. E tudo isso acontece num contraste entre o mundo real e o mundo dos sonhos. Confira agora nossa análise.

Ian é um soldado aposentado que passou por experiências terríveis que alteraram seu estado humano permitindo que ele ganhasse poderes especiais, como o controle do tempo e habilidades psíquicas. Ele nunca entendeu os motivos que levaram a sua tortura, e agora, com a ajuda de seu irmão, irá atrás de respostas e daqueles que atormentaram sua mente.

O jogo começa com Ian já imerso em seus pesadelos, cercado por criaturas pálidas de olhos vermelhos. O cenário é sombrio, sem vida e com portas que abrem misteriosamente liberando inimigos sinistros. Após estes primeiros momentos de tensão somos introduzidos a casa de Ian, seu sofrimento mental e também conhecemos um pouco sobre os demais personagens.

Phantom8 apostou em muitos elementos ao mesmo tempo, e por isso, a transição de um ambiente para o outro, bem como o nexo entre um capítulo atual e seu sucessor ficam vagos em certos momentos. Sim, a história faz sentido graças aos diálogos e animações, mas é como se faltasse algo que conectasse certos eventos, e isso quase prejudica o brilho dos momentos grandiosos da história.

Os gráficos estão acima da média para os padrões de um jogo indie. Os cenários são bem estruturados, ricos em detalhes e os momentos fora da realidade se destacam pelas formas e bom aproveitamento da cor branca, que é predominante no título. Já a jogabilidade é boa, quando o assunto é movimentar-se e agir de forma furtiva. O que precisa de melhorias é a mira, pois sua movimentação é brusca o que dificulta a precisão dos movimentos.

Os poderes de Ian têm uma bela apresentação no começo do jogo, mas na prática são usados de forma limitada. Mesmo com tantas opções no enredo o game é limitado e não te permite explorar ao máximo, ou seja, falta liberdade para escolher seu estilo de jogo e você precisa se submeter a usar cada habilidade num determinado momento, uma linearidade que atualmente está cada vez mais rara no mercado.

Past Cure é um game feito por um time de 8 pessoas, o que é surpreendente. O game é um projeto ambicioso que abraça muitos elementos e recursos para um título de aproximadamente 5 horas de duração. Existem pontos a melhorar, coisas simples que atualizações futuras podem resolver, o que não significa que o game não mereça ser jogado agora. O charme do jogo é sua trama e identidade forte que carrega em seu design, sendo uma aventura curiosa e diferente do que se tem por aí.

Uma cópia de Xbox One foi cedida para realizar esta análise.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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