Durante a década de 1980 e 1990, os jogos de plataforma sidescrolling estavam entre os mais populares. Com a chegada dos jogos tridimensionais e a interatividade cada vez maior, o gênero perdeu um pouco de espaço para os games de mundo aberto e FPS, mas até hoje anúncios como o Sonic Superstars e o Super Mario Bros Wonder, que utilizam a boa e velha fórmula de “correr e pular”, funcionam. No entanto, por que isso acontece?
Não há uma resposta definitiva, só que o mais provável é que este gênero permaneça popular por aliar um gameplay extremamente simples e, ao mesmo tempo, muito versátil. Jogos 2D do Mario ou do Sonic basicamente propõem você usar o direcional para frente e apertar o botão de pulo, coletando itens aqui e acolá e alguns power ups, sendo muito fácil de entender, porém, não subestimando a inteligência do jogador.
Com a chegada do universo tridimensional, esses jogos ficaram de lado com uma ou outra exceção, mas o próprio Shigeru Miyamoto (pai do Mario) disse em uma entrevista de 2006 que boa parte do público andava carente de jogos do gênero e, por isso, eles criaram o New Super Mario Bros para o Nintendo DS, usando a fórmula clássica que, até então, tinha sido usada pela última vez em 1992 com Super Mario Land 2: 6 Golden Coins.
A estratégia deu tão certo que o game foi o mais bem-sucedido do Nintendo DS comercialmente, vendendo 30 milhões de cópias (!) e também sendo um dos jogos mais bem sucedidos comercialmente de todos os tempos. Graças a ele veio uma “onda” de jogos que apostavam novamente no gênero, e o próprio New Super Mario Bros Wii, lançado para o console com sensor de movimento da Nintendo, vendeu mais que o Mario Galaxy, que apostava em um gameplay mais moderno.
No entanto, tanto o Mario quanto o Sonic em 2D andavam sendo criticados também pela falta de inovação, já que por mais que utilize a velha bom fórmula de sempre, também é necessário apresentar novidades dentro deste sistema. Provavelmente, tanto o Sonic Superstars quanto o Super Mario Wonder venham justamente para suprir essa lacuna.
No fundo, todos os jogos têm uma função: entreter o jogador e, aparentemente, nem mesmo o avançar da tecnologia ofuscou o brilho dos jogos de correr e pular em 2D. Que venham mais jogos do gênero.
