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Quanto maior a interatividade de um game, mais divertido ele será?

A interatividade é, de fato, um elemento "chave" para um game bem sucedido

Ao longo de vários textos aqui na Gamehall há uma informação que volta e meia se repete: “determinado gênero acabou ‘perdendo espaço’ pela interatividade limitada”, “com o avanço da tecnologia, a limitação interativa ficou evidente” e outras variantes. Daí vem o questionamento: um jogo eletrônico, quanto mais interativo, é mais divertido?

O que diferencia os games de outras mídias como rádio ou televisão é, de fato, que a pessoa interage com o que está acontecendo na tela através de algum dispositivo (joystick, teclado, touchscreen etc), participando ativamente daquela aventura. Um botão realiza uma ação e as escolhas da pessoa que determinarão o que acontecerá.

Com o avanço da tecnologia, os games foram ficando cada vez mais sofisticados e surgiram diversos tipos de jogos para atenderem diferentes públicos. No entanto, com um simples exercício de observação é fácil concluir que o “grande público” valoriza mesmo a liberdade de fazer o que quiser.

Não a toa, o sandbox Minecraft é o jogo mais bem-sucedido comercialmente de todos os tempos, sendo que ele não tem um objetivo definido, as pessoas simplesmente interagem com aquele mundo, fazem construções e conhecem pessoas no ambiente digital, sendo uma espécie de “Lego Online”. Já o GTA V também é um dos games mais populares e é um jogo de mundo aberto onde a pessoa pode fazer o que quiser e a hora que quiser. Fora que cada vez mais os jogos dão opções de customização, conexão online, etc.

Séries antigas também precisaram se adaptar a novas realidades, como Zelda e Sonic que tiveram jogos de mundo aberto. Resident Evil e Final Fantasy também tiveram que mudar suas fórmulas e ficaram cada vez mais interativos.

Portanto, podemos “bater o martelo” e dizer que quanto mais interativo, mais divertido o jogo fica, certo? Errado! Como tudo na vida, as coisas não funcionam tão “preto no branco”, e existem diversos elementos que compõem o entretenimento, justificando tantos nichos distintos.

Uma pessoa que valoriza a história poderá se divertir com um “aponte e clique” antigo com uma interatividade limitadíssima quando comparado aos jogos atuais, enquanto aqueles que querem apenas ter uma experiência “sem compromisso” podem se amarrar em um game de correr e pular em píxel art. Tanto que no Japão, o gênero visual novel é bastante popular e ele não tem quase interatividade, geralmente se resumindo a escolher o que o personagem faria em determinada circunstância.

Portanto, podemos concluir que o grande público valoriza, e muito, a interatividade e a liberdade. No entanto, quem define o que é divertido é cada jogador. Como dito também em vários textos neste canal, havendo jogadores querendo determinado tipo de jogo, sempre surgirão games para atendê-los.

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