Análises

Valis SD

– a versão “fofinha” de Valis II –

Se você acompanha as nossas matérias e curte jogos clássicos da época dos 16 Bits, já deve ter lido aqui na Gamehall nossa análise sobre o game Valis: The Legend of a Fantasm Soldier, lançado para Mega Drive em 1991. Valis ficou famoso pela sua belíssima história e personagens carismáticos, que mostrava a colegial Yuko Ahso se transformando na lendária Guerreira Valis, para combater terríveis criaturas do Mundo das Trevas.

Valis II foi lançado originalmente para o sistema MSX em 1989, ganhando posteriormente várias versões para outros computadores japoneses, sendo a versão de X68000 a mais famosa e melhor (realmente é um jogo fantástico!). Uma versão saiu em CD para o PC-Engine, e provavelmente foi um dos primeiros jogos do mundo a usar a mídia de CD-Rom. A versão do PCE era bem diferente da original, não era tão violenta, as cutscenes foram mudadas e a jogabilidade também, de modo geral era inferior à versão original.

Em 1992 a Telenet lançaria para o Mega Drive Valis SD (Syd of Valis nos EUA), baseado na versão original e na do PCE. Muito bem, esse é um jogo da série Valis bem diferente das outras versões para Mega Drive e PC-Engine. Esse jogo divide os fãs, alguns gostam, outros odeiam.

Por que a Telenet resolveu lançar uma versão SD? Não faço a mínima idéia! Para quem não sabe, SD significa “Super Deformed”, que seria uma versão infantil de personagens de anime/mangá, com um corpinho bem pequeno e um cabeção (por isso SD!). A versão americana recebeu o nome de Syd Valis, que talvez seja a sigla para Super Yuko Deformed. Fora isso e alguns erros na tradução, o jogo é o mesmo.

Mais uma vez, você é Yuko Ahso, uma jovem escolhida para combater as forças do mal em outra dimensão, com a ajuda de uma espada mágica chamada Valis. A versão SD segue basicamente a mesma história que a do seu irmão no PC-Engine, claro que num contexto mais infantil e fofinho.

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Há uma guerra nos mundos de Vecanti e Dark World, Megas é o tirano responsável por essa guerra. Tanto Megas como os seus inimigos desejam a poderosa espada Valis, o que acaba sobrando para Yuko.

Há participações de outros personagens do mundo Valis, como a amiga de Yuko, Reiko, que morreu pelas mãos de Yuko no primeiro game, mas aparece nos sonhos da jovem guerreira. É aqui que Yuko conhece sua irmã gêmea, Valna, assim como fica sabendo quem é sua verdadeira mãe.

Mas não se deixe enganar pelos gráficos fofinhos, SD Valis tem uma dificuldade acima da média, e pode ser bem difícil para alguns avançar no jogo.

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Gráficos quebra-galho

Apesar de não aproveitar todo o potencial gráfico do Mega Drive, os gráficos não são de todo ruim. São simples, é verdade, mas seguem o padrão da série, o que é bom. A Yuko está muito bem desenhada, ela faz caras e caretas, e se você a deixar parada, ela vai dar um sorrisinho bem maroto na tela! Os inimigos e os chefes, os mesmos da versão PC-Engine, também estão presentes com as suas versões SD. Destaque para as versões SD de Reiko e Valna, que também estão super fofas.

O jogo possui alguns backgrounds bem feitos, como na fase em que aparece o castelo de Valia ao fundo, ou ainda na última fase em que Yuko está lutando contra Megas. Possui uma boa variedade de inimigos, o que não torna o jogo muito enjoativo.

Yuko conta ainda com vários tipos de armaduras, que variam seu poder de defesa e ataque, muito semelhante a versão de MSX. Yuko começa com o seu clássico uniforme escolar, passando pela sua famosa armadura dourada indo até a última armadura que é a mesma da versão de PCE. Ela ainda pode usar um vestido e até mesmo um bikini! :)

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As cenas de anime são marca registrada da série Valis, e mesmo nessa versão SD elas aparecem, mesmo que numa forma tímida. Entre as fases, poderemos ver diálogos e entender melhor a história do jogo.

 

Músicas e sons

Um dos pontos altos da série Valis é com certeza sua trilha sonora. Apesar de não ter as melhores músicas da série, o jogo conta com ótimas músicas, como o tema de abertura (baseada da versão CD) e encerramento, que valem a pena destacar. Os efeitos sonoros são bem simples, mas funcionam bem com o jogo.

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Jogabilidade “deslizante”

A jogabilidade de Yuko é extremamente sensível, um toquezinho e a Yuko já vai parar no outro lado da tela. Na
primeira vez que você for jogar, com certeza vai se bater um pouco até pegar o jeitão do jogo, mas depois que se acostuma com o sistema de jogo, ele fica um pouco mais fácil.

Como já foi dito, apesar de sua aparência infantil, a dificuldade do jogo não tem moleza, é pedreira pura! Com uma dificuldade acima da média, em parte devido ao seu controle sensível, vai dar dor de cabeça pra muita gente. Alguns chefes são bem difíceis de se matar, o que vai lhe custar algumas horas até descobrir como mata-los. Os inimigos das fases atiram e avançam em cima de Yuko, se você não prestar atenção vai morrer antes mesmo de começar a fase.

Você possui uma barra de energia que vai crescendo a medida que for avançando no jogo, acredite, você vai precisar dela, pois a dificuldade também aumenta. Use os diferentes ataques de Yuko onde achar melhor, e pegue os itens especiais que são uma espécie de bombas.

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Yuko Super Deformed

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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