História do Videogamer7

A história dos cartuchos de videogames

As "fitas" que assopravamos em nossas juventudes marcaram época

Os cartuchos, também conhecidos como “fitas” por nós brasileiros, foram as principais formas de armazenamento de dados de jogos que conectavam a um videogame durante a década de 1980 e 1990. Super Nintendo, Mega Drive, Master System, Atari, todos eles utilizavam a mídia em cartucho para executar o jogo. No entanto, você sabe qual a origem deles?

Os primeiros cartuchos vinham para os primeiros computadores pessoais, e eles continham softwares, exercendo um papel bem similar ao que o CD e o DVD viria a ter anos mais tarde. Já o primeiro videogame comercial da história, o Magnavox Odyssey de 1972, foi o primeiro a trazer os cartuchos vendidos nas lojas para ter jogos diferentes. No entanto, devido a tecnologia rudimentar da época, eles não tinham dados inéditos, e apenas ativavam certas programações que já existiam dentro do próprio Odyssey, geralmente se resumindo a quadrados.

Cartucho do Magnavox Odyssey (Reprodução)

Em 1976, a Fairchild Semiconductor lançou seu videogame homônimo, sendo este o primeiro a ter cartuchos com jogos diferentes de verdade por usarem uma tecnologia muito conhecida hoje em dia graças aos emuladores chamada “ROM“, que significa “Read Only Memory” ou “Apenas leitura de memória” em nosso idioma. No ano seguinte, o Atari 2600 popularizou ainda mais os cartuchos e, até meados dos anos de 1990, ela era a principal mídia para distribuição de jogos.

A principal vantagem dos cartuchos perante os disquetes e, posteriormente, os CDs, é que eles praticamente não tinham telas de carregamento, executando quase que instantaneamente assim que era “plugado” no console. Além disso, era possível incluir chips que ampliassem a tecnologia de um console pré-existente, como foi o caso do Star Fox para o Super Nintendo com o chip SUPERFX que permitia gráficos em 3D rudimentares em um console que foi feito para gráficos em 2D. Some tudo isso ao fato de que era mais difícil de piratear e também de danificar, e por isso ele ficou tão popular nessas décadas.

StarFox para o Super Nintendo tinha o chip SuperFX que permitia gráficos em 3D (Reprodução)

No entanto, ele também apresentava desvantagens perante outras mídias, já que eles eram mais caros de ser produzidos que um CD ou um DVD, além de que continham um espaço de armazenamento muito menor do que essas mídias citadas. Ao longo dos anos, os videogames foram se tornando cada vez mais sofisticados, exigindo cada vez mais espaço para armazenamento de dados, sendo que muitos apontam que essa foi uma das principais razões pela qual o Nintendo 64, que usava ainda mídias em cartuchos, não teve o mesmo sucesso comercial que o PlayStation 1, que usava mídia em CD.

Apesar dos principais videogames atuais utilizarem outras mídias, os cartuchos permaneceram nos portáteis, e o Nintendo Switch também utiliza essa tecnologia até hoje.

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