Análises

Dino Crisis

Conhecido pelos novatos como o “Resident Evil dos dinossauros”, Dino Crisis é um survival horror da Capcom desenvolvido pela mesma equipe da era clássica do jogo citado, justificando a semelhança na jogabilidade entre ambos. Lançado originalmente para o primeiro Playstation em 1999, você também leva sustos com os inimigos e deve “quebrar a cabeça” para resolver enigmas e prosseguir no jogo. A série teve três jogos da saga principal e um spin-off.

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DINO CRISIS (Playstation 1, Dreamcast, PC)

Além do Resident, este também se inspira claramente no Jurassic Park de Steven Spielberg. Se passando em 2009, a protagonista é Regina, membro da Special Forces Team enviada junto com outros três agentes para investigar uma ilha militar isolada conhecida como Ibis para resgatar um membro enviado anteriormente, Tom. Ao chegarem, eles percebem que o lugar está infestado por dinossauros como resultado de um experimento secreto criado pelo Dr.Kirk que causou uma espécie de “portal” do tempo. Caberá a eles encontrarem Tom, descobrir os segredos da base militar, e fugirem a salvo.

Este foi o único da franquia dirigido e produzido por Shinji Mikami, considerado o “pai” do Resident Evil. Como dito anteriormente, a jogabilidade utiliza o mesmo sistema: você gira em torno do seu próprio eixo e vai para direção que deseja, deve coletar chaves para abrir portas, resolver enigmas, pegar itens espalhados pelos cenários, economizar munição visto que elas são escassas, e por aí vai.

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A diferença entre ambos é que em Dino Crisis você pode correr e atirar, além de haver um sistema chamado “Danger Events” que similar aos “Quick Time Events” dos jogos atuais, você deve apertar botões para escapar da morte. Outra diferença são os cenários inteiramente tridimensionais, diferente do Resident Evil que utiliza gráficos pré renderizados (excetuando o Code Verônica), mas mesmo assim a câmera é fixa.

Outro ponto interessante é que quando a Regina se machucava, ela começava a sangrar, e o rastro de sangue aguçava o olfato dos dinossauros, que seguiam o cheiro para te encontrar, aumentando ainda mais o nível de tensão dos jogadores, e o desespero para encontrar itens de cura.

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Além disso, o sistema de inteligência artificial dos dinossauros impressionava. Assim como no Resident os mais comuns são os zumbis, em Dino Crisis são os velociraptors, que além de rápidos, se disfarçavam de mortos depois de levar um tiro e muitas vezes fingiam que paravam de te perseguir pra te encontrar logo depois. Para dificultar a vida do jogador, o game dava “respawn” nos inimigos, ou seja, se você voltasse na área que você anteriormente matou aqueles dinossauros, eles voltariam a viver.

Este é considerado pela maioria dos jogadores o melhor da série, e foi o mais vendido com quase 2,5 milhões de cópias. No entanto, o excesso de inspirações também são o principal defeito do Dino, pecando justamente pela falta de originalidade, visto que o jogo não traz absolutamente nada “novo”. Mas não se preocupe, se você gosta daqueles survival horrors antigos, é praticamente certo que gostará do Dino Crisis.

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DINO CRISIS 2 (Playstation, PC, PSN)

Se passando um ano depois do primeiro jogo, o governo resolveu continuar os projetos do Dr.Kirk com o portal do tempo, mas com o objetivo de trazer micro-organismos da época cretácea para pesquisas científicas.Só que acidentalmente uma selva inteira foi trazida, e o local ficou infestado de dinossauros, que começaram a fazer o pessoal dos experimentos de “almoço”. A missão de Regina, e do novo personagem jogável, Dylan, é viajar através do portal do tempo para encontrar os sobreviventes deste caos, além de coletar dados sobre o que aconteceu.

Dino Crisis 2 meio que abandona o estilo “survival horror” e foca mais na ação. Dessa vez, Shinji Mikami “sai de cena”, e quem entra no cargo de produtor é Hiroyuki Kobayashi. Mesmo tendo jogabilidade similar a do primeiro jogo, desta vez o objetivo é matar os dinossauros e continuar seguindo pelos cenários, com uma enorme variedade de armas, sendo 16 no total , e os enigmas estão em número menor e são mais fáceis.

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Além disso, os gráficos se mantém no mesmo nível do primeiro, mas dessa vez os cenários são pré renderizados e possuem cores mais claras, e são mais abertos para dar ênfase as batalhas frenéticas, sendo mais variados comparados ao primeiro. Ao matar vários dinossauros, o jogador ganha os “Extinction Points“, que podem ser trocados por novas armas, dar “upgrades” nela, comprar itens de cura, munição, etc.

O jogo novamente rendeu sucesso comercial, vendendo 1,19 milhões de cópias. Sendo bem produzido em todos os pontos, ele é claramente uma tentativa do Kobayashi em se distanciar ao máximo do Resident Evil e buscar uma identidade mais própria, mas sem “trair” a essência do primeiro Dino.

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Por fim, seu maior defeito é que a longo prazo as partes de ação se tornam um pouco repetitivas, visto que você deve matar uma enorme quantidade de dinossauros ao longo da aventura, mas isso não chega a “arranhar” a qualidade do game.

DINO CRISIS 3 (XBOX)

Lançado em 2003, este é considerado pela esmagadora maioria como o pior da série. O jogo é uma espécie de “spin-off dentro da saga principal”, visto que não possui  nenhuma conexão com os dois primeiros jogos, e conta uma história que se passa em 2548 com o protagonista Patrick Tyler junto com uma equipe para resgatar uma espaçonave chamada Ozymandias. Ao chegar na nave, eles encontram dinossauros mutantes, e aí a aventura começa na busca de sobreviventes, e depois em fugir da nave.

Infelizmente o jogo falha em praticamente todos os pontos. A jogabilidade deixa a desejar graças a um péssimo sistema de câmera, que mesmo sendo fixas, mudam bruscamente de ângulo, além de que o personagem pode correr, ou voar rápido com o auxílio do JetPack, e confundir o jogador que não sabe intuitivamente para onde ir.

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A história é outro ponto frustrante, visto que não possui conexão com os dois jogos anteriores, além de que é genérica e sem muita graça, algo que também se reflete nos próprios personagens.  Outros defeitos incluem: cenários e batalhas repetitivas; gráficos que já eram ultrapassados para a época; Apenas duas armas para o jogo inteiro; Dublagem amadora; e qualquer ponto que você olhe encontrará algum problema.

Provavelmente Kobayashi quis buscar um novo rumo para a série Dino Crisis com este terceiro título, mas ao contrário do 2, sua equipe falhou em trazer uma experiência empolgante e divertida.

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DINO STALKER (Playstation 2)

Sendo o único spin-off da série, Dino Stalker foi lançado em 2002 para o segundo Playstation e é do gênero gun shooter onde você vê o personagem em primeira pessoa e deve atirar nos inimigos que aparecem na tela. É o mesmo sistema utilizado para o House of the Dead da SEGA, e também Resident Evil Gun Survivor, sendo que no Japão o jogo se chama “Gun Survivor 3: Dino Crisis”, sendo que o 1 e o 2 compreendiam os jogos de Resident Evil.

A história é centrada no Mike Wired, um piloto de avião que estava no meio de uma batalha durante a segunda guerra mundial. Aleatoriamente, ele é teletransportado para um lugar cheio de dinossauros selvagens que são controlados por dinossauros inteligentes.

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Nele há alguma variedade de armas, mas apesar de divertir um pouco, a qualidade dele é pífia nos âmbitos técnicos. Gráficos fraquíssimos, duração curta, e história completamente “sem noção”. No entanto, a trilha sonora se salva, e para quem curte o gênero deve testar, apesar de não oferecer muita coisa.

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