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Análise | The Last of Us 2 Remastered melhora o que já era bom, mas poderia ter feito mais

The Last of Us 2 foi um sucesso absoluto de crítica e tem sua base de fãs fiel, mesmo que algumas decisões na história tenham dividido o público. Quase quatro anos depois, o jogo finalmente recebeu a sua versão nativa para o PS5 e traz algumas novidades interessantes para quem já explorou tudo que o título tinha a oferecer no PS4 e é a versão definitiva para quem ainda não jogou – ao menos até ganhar sua inevitável versão de PC.

Novidades gráficas são tímidas

Na parte técnica há pouco além do esperado, especialmente para quem já tinha jogado o game de PS4 no PS5, uma vez que já havia a opção de 60 quadros liberada desta forma. Ainda assim, há melhorias que tornam essa versão ainda mais agradável aos olhos e também mais responsiva na jogabilidade.

O modo fidelidade, que continua focado nos 30 quadros por segundo, agora roda em resolução 4K nativamente. A imagem é claramente mais nítida, especialmente nas partes mais abertas do jogo, como quando Ellie e Dina andam a cavalo pela cidade tomada pela natureza. No entanto, os 30 quadros por segundo ainda pesam contra, especialmente com as melhorias no modo performance, que indico mais.

No modo focado nos quadros por segundo a experiência ficou bem mais legal. A resolução também ganhou uma melhoria notável e, graças ao bom uso do upscaling, a diferença para o modo fidelidade é baixa. Além disso, a taxa de quadros agora é bem mais estável – havia quedas na versão de PS4 jogada no PS5 – deixando a ação mais fluida mesmo nos momentos mais movimentados e cheios de inimigos na tela.

Há incrementos no gráfico em si também, mas é difícil notar sem olhar as versões lado a lado. Até porque o jogo original já era bem bonito e um marco da geração passada e continua com poucos concorrentes neste quesito na geração atual.

O DualSense também ganhou o tão esperado suporte. Cada arma tem resposta diferente da vibração e dos gatilhos, como na maior parte dos jogos exclusivos da nova geração. Embora já não seja uma novidade tão impactante quanto nos últimos anos, é uma extra bem legal para quem vai jogar pela primeira vez ou retornar.

Essas melhorias, embora tímidas, fazem a versão remasterizada ser a mais refinada no momento e o PS5 o lugar ideal para vivenciar a jornada dolorosa de Ellie e Abby.

Conteúdo extra é destaque

O ponto alto desta versão, que tenta justificar o preço cheio para novatos ou de transição para quem já tinha a versão do PS4, é o conteúdo extra, especialmente o modo “No Return”, um roguelike que testa as habilidades do jogador no ótimo combate de The Last of Us 2. No quesito campanha, é o mesmo jogo.

A princípio só Ellie e Abby são jogáveis no No Return, mas com o passar do tempo vários outros personagens icônicos vão sendo liberados, incluindo Joel e alguns que até então eram só acompanhantes na jornada, como Dina e Tommy. Skins para eles são liberadas no decorrer das fases, mas não há adições na história, o que torna a comparação com o modo roguelike de God of War: Ragnarok engraçada, uma vez que a versão do deus grego em terras nórdicas é gratuita e oferece bem mais conteúdo!

A dinâmica aqui é bem simples. Cada fase é um card no quadro do HUB onde o jogador pode modificar suas armas antes de partir para um novo desafio. Ao escolher um card, há modificadores, cenários e inimigos diferentes. É preciso ser rápido na criação de itens, coleta de munições e muito esperto na furtividade e gerenciamento de recursos para conseguir sobreviver, especialmente nas fases contra chefes. Embora simples, é bem divertido se testar com cada personagem, especialmente com as armas e características únicas de cada um. Dá um pouco de tristeza pensar no potencial que o multiplayer, cancelado recentemente, teria se tivesse sido lançado.

Além do modo No Return, há também a possibilidade de jogar com comentários dos diretores, visitar versões iniciais de níveis que não estavam disponíveis no jogo original, testar sua velocidade para fazer speedrun da campanha e ainda tocar o violão do jogo de forma livre e com novos personagens. 

Também não é um conteúdo expressivo, mas pelo preço da conversão para quem já tinha o jogo seria aceitável no ambiente dos consoles se não fosse o início dessa geração ter acostumado a gente com versões next-gen gratuitas, a princípio em ambos os consoles e depois somente no Xbox.

Conclusão

The Last of Us 2 Remastered é a versão definitiva do jogo no momento, mesmo não trazendo modificações tão expressivas. O novo modo roguelike é simples mas divertido e o restante do conteúdo extra serve para os mais aficionados na franquia. Vale para quem ainda não jogou e para quem já gastou a beça a versão de PS4 e vai pagar apenas pelo upgrade.

Prós

  • Uso do DualSense traz mais peso para o combate
  • Novidades gráficas e técnicas tornam essa versão ainda mais agradável que a original
  • Modo roguelike é divertido e testa as habilidades do jogador

Contras

  • Conteúdo poderia ser mais robusto
  • Cobrar por upgrades next-gen não deveria ser a regra, mesmo quando chamados de “Remaster”

Nota: 8,0/10,0

Uma cópia do jogo foi enviada pela Sony para a elaboração desta analise

 

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