The Hunt for Red October é um dos livros do escritor Tom Clancy, que conta a história do Capitão Mark Ramius e do submarino Red October. O submarino construído pelos soviéticos seria usado para iniciar uma guerra nuclear, porém Ramius deserta e assim começa a caçada ao Outubro Vermelho.
O livro chamou atenção de Hollywood e a adaptação direta da obra de Clancy se tornou um sucesso também nos cinemas. Não demorou muito para alguém ter a brilhante ideia de adaptar a obra também para os videogames e assim nasceu The Hunt for Red October para NES.
No game você controla o famoso submarino e deve seguir seu caminho até a costa americana enquanto enfrenta a marinha soviética, que tenta afundá-lo de todas as maneiras possíveis.
O game disponibiliza ao jogador bons equipamentos, a começar por um radar que alerta o jogador de quase todos os perigos. Duas barras mostram a “vida” e energia do submarino, energia que é usada para ativar um escudo que faz com que os torpedos inimigos “desviem” de você. Por fim, há o sistema de ECM que explode bombas e torpedos inimigos e dois tipos de torpedos para ataque, um para atacar inimigos na superfície e outro torpedo para atacar os inimigos nas profundezas do oceano.
O game é muito parecido com os jogos de nave do tipo side scroller, contando com muitos inimigos e tiros para tudo que é canto. A diferença aqui é que o submarino é muito mais lento que uma nave ou avião, deixando muito mais difícil desviar de seus inimigos e obstáculos.
Além de mini submarinos, há “sentry guns”, minas submarinas para tentar impedir seu avanço por água, enquanto que na superfície os soviéticos utilizam tanques, caças e navios de guerra para tentar dar cabo do Outubro Vermelho. Finalizando os desafios estão algumas barreiras e obstáculos, não sei dizer exatamente o que os artistas tentaram replicar aqui, mas lembram os clássicos canos de Super Mario Bros; esses “canos” se movem para dificultar a vida do jogador ao tentar ultrapassa-los.
O game não é nem de longe um representante digno da obra de Tom Clancy, na verdade é como a maioria esmagadora de obras adaptadas de filmes, um pouco abaixo da mediocridade. Os inimigos atacam com muita coisa ao mesmo tempo, seu submarino é lento, tornando difícil executar manobras e obrigando o jogador a usar precocemente quase todas as suas defesas, deixando-o vulnerável ao atingir os “chefes” de fase.
Seu arsenal também tem um número limitado de torpedos, mas é possível coletar mais deles ao ir coletando os itens espalhados pelo cenário, que além de armas regeneram sua vida, aumentam sua energia e lhe dá mais armas para defesa. Porém a grande maioria desses itens é colocada em um lugar bem sacana, ou seja, vai estar no meio de duas ou mais sentry guns, onde você não terá como se esquivar e provavelmente perderá uma quantidade generosa da vida de teu submarino só para pegar alguns torpedos a mais.
As fases são poucas e com grande duração cada, mostrando cenários como as profundezas do oceano a corais e cavernas submersas, porém não há necessariamente nada de novo, apenas caminhos mais estreitos. No fim do game há uma missão onde você deve controlar o capitão Ramius para desarmar algumas bombas, porém se controlar o submarino já era ruim não espere por melhoras aqui.
Os gráficos do jogo não impressionam, estão na média. O submarino é até que bem feito e alguns inimigos até que são bacanas com exceção dos “canos” e outros obstáculos que beiram o ridículo; sendo bem sincero, quando “canos” iriam parar um dos submarinos mais poderosos já feitos na história?
Porém a verdadeira “arma mortal” está nos efeitos sonoros, fracos e muito mal feitos, pontuados com uma das piores trilhas sonoras já feitas para um videogame. Na verdade nem podemos chamar de “trilha sonora”, pois o jogo conta somente com uma única música do começo ao fim.
No começo do jogo nós até somos enganados com uma bela animação de um sonar e o hino soviético dando a sensação que o jogo teria boas composições, mas ver e ouvir o que nos espera é realmente frustrante.
