Análises

Road Fighter

Nostalgia Total!! Estou em um período bem adepto a relembrar de “velharias”, mesmo porque, “panela velha é que faz comida boa”!

A pouco tempo analisei aqui na Gamehall um game que se não é memorável, é extremamente divertido, Popeye para Nintendinho. Caminhando um pouco mais para trás no tempo, analisei outro game de NES, dessa vez um clássico total e inquestionável, Teenage Mutant Ninja II: The Arcade Game. Hoje, estou aqui para relembrar um outro game de Nintendinho, que assim como Popeye, pode não chegar ao nível de clássico supremo como TMNT II o fez, mas que ao certo é divertido, viciante, e o melhor de tudo, simples, assim como eram os grandes games dessa época, que uniam simplicidade e diversão de forma magistral.

Vamos dar boas vinhas para Road Fighter.

Sai da frente que eu to passando!”

Eu sempre achei, ou melhor, depois de adulto e de ter vivido muitas experiências no caminhar da evolução do mercado do entretenimento eletrônico, fascinante o quanto games da época 8 bits conseguiam ser tão chamativos, até mesmo nos dias de hoje os são, dada tamanha precariedade tecnológica. Mesmo para a época em que eram os consoles do momento, tal precariedade tecnológica era bem visível. Ora vamos, comparar os games de Arcades com suas contrapartes em Nintendinhos e Master Systems. A diferença de poder era brutal.

Com o passar do tempo só pude pensar em um motivo para explicar tal fato, simplicidade aliada a criatividade. Algo que, se bem medido e bem pesado, é vívido até mesmo nos dias de hoje, ou alguém ai questiona o quão fantástico Shadow of Colossus o é, mesmo sendo um game, em concepção, bastante simples? Porque falo isso tudo?

Falo isso tudo porque não há muito do que falar de Road Fighter, além de mostrar sua estrutura básica de jogo, a não ser dizer que ele é um game simples e criativo, e que isso não poderia render um jogo mais interessante dadas as limitações do console em que roda o game. No game, o jogador dirige / pilota um carro esportivo vermelho em uma via expressa, e tem de sair de um ponto e chegar em outro no tempo pré determinado. Ponto final, direto e reto!

No trajeto, quase sempre reto, já que a “pista” é uma via expressa, temos de desviar do tráfego, que inicialmente é bem paradão, mas que com o passar do tempo, tenta te parar de tudo que é forma. São carros te fechando, carros em movimentos não uniformes, “para lá e para cá” na pista, caminhões deixando carga cair, e por ai vai. Caso algum dos empecilhos da pista acerte o jogador, o automóvel perde o controle, caso não se arrume a direção rapidamente, o mesmo rodopia na pista. Caso o jogador não esteja perto do guard rail, o carro apenas roda e para, caso contrário, o automóvel bate e explode. Em nenhum dos casos o Game Over aparece, mas até que o automóvel volte a retomar aceleração, precioso tempo é perdido.

Isso mesmo, tempo. É necessário alcançar o fim da via expressa em questão em um determinado período de tempo pré-estabelecido, caso o tempo acabe, ai sim é Game Over!

Além dos carros e do tempo atuando contra o jogador, manchas de óleo na pista podem fazer o seu possante perder o controle, e daí já viu, ou vai parar depois de rodopiar, ou vai dar de cara com o guard rail. Para completar, o combustível do esportivo pode acabar. Para que isso não ocorra, é necessário ao longo do percurso recolher mais combustível para que se alcance o fim da fase, caso contrário, é Game Over.

A jogabilidade do game se resume a dois botões, o acelerador comum e o turbo. O turbo deve ser usado preferencialmente após a velocidade máxima do acelerador comum chegar ao máximo, maximizando assim a aceleração. Acelerando com o Turbo, o esportivo vermelho “overwhelming” pode alcançar a absurda marca de 400Km/h, no entanto, o consumo de combustível é bem maior. Não que se tenha alternativa, uma vez que não é possível terminar nenhuma fase sem deixar o turbo queimar com tudo, mas fica ai o aviso.

Com o direcional somente movemos o carro para a direita e esquerda, não podendo alterar a dimensão “Y” do mesmo (não entendeu? Matemática procê parceiro!). O game para NES conta com somente quatro fases distintas, todas com o mesmo principio e propósito, tendo uma somente mais percalços para ultrapassar que a outra. É pouco, devo assumir, mesmo porque o game é bem fácil.

A música do game praticamente inexiste, se resumindo o um jingle antes do começo da “corrida”. De resto rola somente o som dos carros e eventos acontecendo na auto-estrada. O visual do game é competente ao que se propõe, mas nada além disso. Apesar disso, eu acho, particularmente, o visual desse game, assim como todo o contexto da obra, muito charmoso.

Bem, é isso… Isso resume bem Road Fighter.

Para completar, vale dizer que esse foi o primeiro game de corrida da Konami, e que tem duas outras versões disponíveis, uma para Arcade, que foi a primeira versão lançada, e uma outra para MSX, que além de feia de doer, era bem mais difícil do que as outras versões.

Eduardo Farnezi

De volta como contribuidor freelancer do site GameHall, um dos fundadores do não mais existente blog Canto Gamer, fundador do blog Gamerniaco e ainda atuante nos projetos do grupo Game Champz e Agência Joystick. Gamer por paixão, cinéfilo por vocação, leitor de mangás e HQs por criação e nerd pela somatória dos fatores. Acredita que os únicos possíveis cenários de apocalipse são Zumbis e Skynet e não sai para noitadas por medo do que Segata Sanshiro pode fazer se encontrá-lo.

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