A Comissão Federal de Comércio (CFC), o órgão regulador nos Estados Unidos, aparentemente irá entrar com um processo antitruste para bloquear a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, de US$ 68,7 bilhões. Caso isso ocorra, a Microsoft também teria que levar a luta pela aquisição da criadora de Call of Duty aos tribunais dos EUA.
A informação foi divulgada pelo site Politico, citando “três pessoas com conhecimento sobre o assunto”, e elas frisam que o processo “não é garantido”.
Os quatro comissários da CFC não chegaram a votar uma reclamação ou mesmo se reunir com as áreas jurídicas da Microsoft e da Activision, mas a equipe da CFC que revisou o acordo está “cética com relação aos argumentos das empresas”.
Quanto à posição do acordo, boa parte do “trabalho pesado” foi concluído, incluindo depoimentos do CEO da Microsoft, Satya Nadella, e do CEO da Activision, Bobby Kotick. Isso significa que uma decisão a respeito de um possível processo antitruste pode chegar em dezembro.
O ponto crucial do problema, segundo a CFC, é a preocupação de que esse acordo dê à “Microsoft um impulso injusto no mercado de videogames”, algo que vem sendo sustentado pela Sony para que o acordo seja barrado.
Ao meu ver, a questão principal envolve Call of Duty. A Microsoft supostamente ofereceu manter a franquia no PlayStation por mais dez anos e Phil Spencer disse que enquanto houver PlayStation, continuará sendo lançado Call of Duty nele, mas isso parece não ser suficiente para acalmar os ânimos dos órgãos reguladores dos EUA e do Reino Unido.