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Análise | Superfuse é um RPG de ação que mistura Diablo com quadrinhos

Desenvolvido pela Stitch Heads e distribuído pela Raw Fury, Superfuse é um RPG de ação e pancadaria indie que mistura o estilo de jogos como Diablo com a estética das histórias em quadrinhos, um prato cheio para você fã desses gêneros.

O jogo está disponível para PC via acesso antecipado no Steam, ou seja, ainda está em desenvolvimento, com muito ainda a ser lapidado e aprimorado, mas isso não impede que o jogador possa ter algumas horas de diversão com ele.

Confira aqui com GameHall o que esperar de Superfuse.

Diablo com estética de HQ

Em um futuro próximo, a Terra passa por momentos caóticos e para garantir a sobrevivência da humanidade, a corporação Elite financia a ida de humanos para colônias no espaço. Mas com o passar dos séculos, os bilionários que salvaram a humanidade mantiveram seu domínio sobre as pessoas, que começaram a se rebelar.

Através da nanotecnologia e manipulação de genes, essa elite criou os Enforcers, superhumanos que tem como propósito manter a ordem e impedir qualquer tipo de rebelião dos humanos mortais contra a corporação.

No entanto, além das rebeliões, outra ameaça surge na forma de terríveis monstros apelidados de “A Corrupção”, que também devem ser derrotados pelos Enforcers.

Agora o jogador deve escolher entre três classes de personagens com estilos diferentes e com a missão de destruir hordas de monstros grotescos nos modos solo ou cooperativo (até 4 pessoas) enquanto desvenda os mistérios da Corrupção e da Corporação Elite.

As classes disponíveis são:

  • Elementalist – a feiticeira do grupo, com ataques à distância baseados nos elementos fogo e gelo.
  • Berserker – o grandalhão fortão e lento, especialista no combate corpo a corpo e com alta defesa.
  • Technomancer – um jovem especialista em tecnologia e capaz de convocar lacaios para ajudar nos combates.

Um dos grandes destaques do jogo é a possibilidade de combinar vários superpoderes únicos ao seu personagem em uma vasta e hiperdetalhada árvore de habilidades, conhecida como Fuse System.

Outro ponto focal do jogo é estimular o jogador a explorar os cenários e ambientes em busca de atualizações para as dezenas de armas poderosas, armaduras de alta tecnologia e equipamentos que melhoram as estatísticas do personagem, adquiridas ao saquear os restos mortais dos monstros eliminados.

O design artístico sombrio de Superfuse, aliado a uma boa e envolvente trilha sonora, combinam perfeitamente com a sua proposta de jogo, com animações e cores que remetem às histórias em quadrinhos cyberpunk pós-futurística, oferecendo uma dinâmica bacana ao jogador.

Porém, como o jogo está em acesso antecipado, é inevitável que o game apresente alguns defeitos e bugs durante a sua jogatina, mas o lado bom é que patchs estão sendo lançados para corrigir esses problemas.

Provavelmente o seu maior incômodo será com a movimentação lenta e desajeitada do seu personagem, que muitas vezes fica preso em partes do cenário.

Outro problema após algumas horas de jogo é que os mapas e missões podem se tornar muito repetitivos, não oferecendo nada de interessante a não ser matar hordas e hordas de inimigos (sem recompensas inspiradoras).

Conclusão

Superfuse é um jogo que, no geral, possui um grande potencial, mas que ainda conta com um longo caminho a percorrer. Mas se você não se importar em jogar um game que está em desenvolvimento, e é fã de jogos estilo Diablo e de histórias em quadrinhos, pode sim encontrar algumas horas de diversão por aqui, mas não espere encontrar algo inovador ou surpreendente.

Prós

  • Design artístico e atmosfera de HQ bacanas
  • Trilha sonora envolvente
  • Personalização de personagens robusta
  • Gameplay cooperativo para 4 pessoas
  • Possui potencial para muitas melhorias futuras

Contras

  • Alguns bugs e probleminhas (jogo está em acesso antecipado)
  • Mapas e missões se tornam repetitivas com o tempo
  • Movimentação do personagem entruncada
  • Valor alto (R$ 73,99, no momento desta publicação) para um jogo em desenvolvimento

Nota: 7.0/10.0

Uma cópia do jogo foi fornecida para elaboração desta análise.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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