Análises

Odyssey

O computador Amiga foi bastante popular nas décadas de 80 e 90, inclusive entre os brasileiros, com uma vasta biblioteca de belos jogos. Um deles, não muito conhecido, é “Odyssey“, que segue o estilo aventura/plataforma em que o jogador tem a habilidade de se transformar em vários animais para completar as fases ou resolver os quebra-cabeças. Uma pérola do Amiga lançado em 1995, que merecia ter feito mais sucesso do que ele fez, mas infelizmente teve o seu brilho ofuscado pelo PlayStation e os seus games em 3D.

Sua missão aqui é clara: derrotar o seu malévolo tio que assassinou o seu pai, o rei, e assumiu o trono e o castelo do reino, formado por sete ilhas infestadas de monstros e perigos sobrenaturais. A história aqui é o que menos importa, isso foi só para situar o jogador do que está acontecendo. “Odyssey” é um jogo no melhor estilo plataforma arcade 2D, típicos do início dos anos 90. Você é jogado dentro de um labirinto, com a missão de encontrar cristais mágicos que permitem ao herói mudar de forma para vários tipos de animais, como grilo, aranha, águia e até numa pedra rolante. Cada transformação possui suas habilidades únicas, que permitirão alcançar áreas antes inacessíveis. Apareceu uma enorme parede na sua frente que não dá para atravessar? Sem problemas, transforme-se num pássaro, ou numa aranha, e passe por cima dela para ver o que há do outro lado.

As estruturas dos cenários gigantescos são  muito bem boladas, com alavancas, chaves e botões que acionam portas e passagens, com inimigos estrategicamente posicionados, num estilo parecido com os clássicos “Prince of Persia” ou “Flashback”. Além das transformações, o herói usa apenas uma espada como arma, mas as vezes é mais sábio evitá-la usar e procurar caminhos alternativos para passar obstáculos.

Odyssey 

A dificuldade é elevada e vai exigir do jogador atenção e boa memória para caminhar nos labirintos, além de forçar o uso dos neurônios para resolver os quebra-cabeças e usar as habilidades das criaturas – e sem caixa de dicas ou ajuda como nos games atuais, aqui é na raça!Odyssey” conta com belas animações do personagem principal e dos inimigos, os cenários de fundo são simples, mas captam bem a atmosfera de fantasia do game. Não há trilha sonora, mas os efeitos sonoros são bem reproduzidos e ajudam a aumentar o nível de profundidade e experiência da aventura. A única coisa que incomoda é o som e a animação da transformação, que depois de um tempo acaba cansando, pois em fases mais avançadas temos que estar sempre mudando o uso dos bichos.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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