A autoridade reguladora do Reino Unido disse acreditar provisoriamente que o acordo entre a Microsoft e a Activision Blizzard não resultará em menos competitividade nos consoles, pavimentando o caminho para que a compra seja aprovada. No entanto, ela ainda tem preocupações relacionadas com a área de jogos em nuvem.
O órgão disse nesta sexta (24) que recebeu uma “quantidade significativa de novas evidências” e, com base nelas, juntamente com a consideração cuidadosa de uma “ampla gama” de outras informações, acredita, ao menos de forma provisória, que a negociação da Microsoft não deve causar problemas no Reino Unido.
A evidência “mais significativa” que encontrou tem relação com a ideia de que a Microsoft poderia fazer com que Call of Duty se tornasse exclusivo do Xbox.
“Embora a análise original indicasse que essa estratégia seria lucrativa na maioria dos cenários, novos dados (que fornecem uma melhor visão sobre o comportamento real de compra dos jogadores de COD) indicam que essa estratégia seria significativamente deficitária em qualquer cenário plausível”, disse o órgão. “Com base nisso, a análise atualizada agora mostra que não seria comercialmente benéfico para a Microsoft tornar COD exclusivo para o Xbox após o acordo, mas que a Microsoft ainda terá o incentivo para continuar a disponibilizar o jogo no PlayStation”.
A declaração leva em conta apenas o mercado de consoles, com o mercado de jogos em nuvem ainda sendo uma preocupação da autoridade reguladora britânica. Ela disse que continuará “considerando cuidadosamente” as respostas que recebeu neste departamento, e o relatório final será publicado até 26 de abril de 2023.
Caso o Reino Unido aprove a compra, restará apenas que os Estados Unidos o faça para que ela seja concretizada. A União Europeia já deu a entender que vai aprovar a negociação.
