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Rocket Knight Adventure: relembre os games do gambá inspirado no Sonic

Nos anos de 1990, todo mundo queria ter um mascote

Durante as eras 8 e 16 bits, era comum que as empresas procurassem ter mascotes para estrelarem games de sucesso. O Mario foi pioneiro em representar a Nintendo, enquanto a SEGA, depois de várias tentativas, conseguiu ter o Sonic. Desde o lançamento do primeiro jogo do azulão, várias empresas dos anos 90 quiseram repetir a fórmula, e a Konami, que já tinha jogos de sucesso como Castlevania, Contra e outros, decidiu que seria um bom momento de criar um. Apostando no estilo consagrado de plataforma, porém com suas próprias mecânicas, surgiu os jogos da série “Rocket Knight Adventure“, cujo protagonista é o Sparkster.

Apesar de não haver uma informação oficial, o provável é que a Konami quis se inspirou nos jogos do Sonic para fazer algo semelhante, justificando porque a série nasceu no Mega Drive, ter um estilo rápido, cenários coloridos, e até mesmo um protagonista que vestia uma armadura azul que é um animal antropomórfico baseado em um Didelfíideo, um animal raro que pertence à família dos gambás. Até mesmo o segundo jogo da série tem uma versão “super” do personagem com armadura dourada, sendo uma clara alusão ao Super Sonic.

Por outro lado, os jogos desse novo mascote também precisavam de diferenciais para se destacarem entre os demais. Foi aí que o produtor Nobuya Nakazato, que já era veterano dentro da Konami graças aos jogos de Contra, deu a ideia de que a série deveria inovar no gameplay, buscando recursos diversos para inovar, além de que várias fases iriam incorporar elementos de outros gêneros. Até mesmo os ambientes foram pensados em ser diferentes dos jogos da época, misturando elementos medievais com futurismo steampunk (!).

A trilogia original dos anos 90 foi muito bem recebida pela mídia e está na memória de muitos fãs, mas apesar de tanto potencial, acabou ficando nos consoles 16 bits mesmo.  Somente em 2010 que a Konami resolveu revivê-lo em um jogo inédito se aproveitando da onda de retrogames.

1 – Rocket Knight Adventures (Mega Drive – 1993)

O primeiro game foi idealizado para extrair, ao máximo, o poder do Mega Drive, sendo facilmente perceptível no visual, sendo consideravelmente acima da média quando comparado aos seus contemporâneos. Tudo é muito bem animado, seja o cenário ao fundo, os sprites dos inimigos e o visual carismático de todos eles.

A jogabilidade também se destaca por ser simplória e variada, e todos os gameplays alternativos entram “organicamente” no gameplay e nunca temos a sensação de que “preferimos jogar no modo plataforma” ou “preferimos jogar nas fases shoot´em´ups”.

2 – Sparkster: Rocket Knight Adventure 2 (Mega Drive – 1994)

Se passando logo depois do primeiro game, este aqui acabou sendo considerado um retrocesso em termos técnicos, já que os visuais não parecem tão bonitos e há também alguns slowdowns, especialmente nas fases finais.  Talvez a razão por trás disso seja que boa parte da equipe do original estava trabalhando no game do mascote para o Super Nintendo. Não teve quase mudança em termos de gameplay, mas continua sendo mais um excelente game de plataforma.

3 – Sparkster (Super Nintendo – 1994)

Lançado quase que simultaneamente com a segunda aventura do Mega Drive, o Sparkster para o Super Nintendo é também uma continuação do primeiro jogo, mas não tem absolutamente nada a ver com o jogo do Mega Drive, sendo uma espécie de “releitura” de como seria a segunda aventura do mascote. Foi elogiado pelas fases enormes, chefes gigantes, excelentes músicas e visuais bem bonitos, mas criticado por não apresentar nenhuma novidade.

4 – Rocket Knight (PC / Xbox 360 / PS3 – 2010)

Considerado o mais fraco da série, o Rocket Knight lançado em 2010 foi desenvolvido pela Climax Studios e aposta em gráficos 2.5D com jogabilidade que remete aos games dos anos 90, mas sem a mesma fluidez, além de um nível de dificuldade muito inconstante, ora difícil demais, ora fácil demais. Na época também foi criticado pelo alto preço, e no final de 2010 o game tinha vendido apenas 12 mil unidades, provavelmente enterrando “de vez” um personagem cheio de potencial.

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