Análises

DMC: Devil May Cry – Definitive Edition

Lançado originalmente em 2013 para a geração passada, “DmC: Devil May Cry” criou polêmica e dividiu os fãs ao apresentar um reboot da clássica franquia estrelada por um Dante com novo visual (o principal motivo de reclamações). Desenvolvido pela inglesa Ninja Theory, o jogo passou por uma reformulação moderna e apesar de aclamado pela crítica (com uma média de nota 8,5 nas análises dos principais sites de games), o jogo ficou abaixo das expectativas de vendas da Capcom, com 1,6 milhão de cópias vendidas em meados de 2014 (vendeu menos que Devil May Cry 4).

Porém, isso não significa que o game seja ruim. Muito pelo contrário, “DmC” é um excelente jogo de ação, extremamente competente e divertido. Em 2015 uma “Versão Definitiva” foi lançada para Xbox One e PlayStation 4, melhorando o que já era bom, com gráficos atualizados rodando a gloriosos 1080p e 60fps, jogabilidade rebalanceada, incluindo todo o conteúdo DLC, entre outras novidades.

Nossa análise vai focar nas adições e mudanças realizadas para a “Definitive Edition“, por isso para uma compreensão melhor do texto, recomendamos a leitura da nossa análise do “DmC” original, em que abordamos com maiores detalhes a história, personagens, jogabilidade, trilha sonora, etc.

Um jogo SSS

Certamente as maiores mudanças da “Definitive Edition” em comparação à geração anterior estão em seus visuais e em sua performance. As texturas, os detalhes dos personagens e cenários, as cutscenes, estão mais refinadas e com um ar mais nítido e cristalino. Os 60 frames por segundo fazem a diferença, a ação está bem mais dinâmica e fluída, rodando lisinho sem entraves, ao contrário do que acontecia na versão original, principalmente em momentos cruciais como pular abismos. Também podemos perceber novos efeitos de iluminação e sombras, deixando ainda mais atraente o já belo e colorido design artístico dos cenários.

Já no início do jogo podemos conferir todo o conteúdo adicional (quatro no total) que foi lançado nesses últimos dois anos, como novas skins para Dante (incluindo o visual dos jogos clássicos) e para suas armas. Temos também incluído as DLCs “Vergil’s Downfall“, com uma nova campanha para Vergil e “Bloody Palace“, que adiciona um modo de sobrevivência desafiador com 101 estágios.

Mas isso é tudo conteúdo já existente, o jogo também apresenta algumas novidades interessantes, como o inédito “Bloody Palace” para Vergil, em que o jogador precisa passar por 60 estágios de desafios. É possível também ligar um Turbo Mode, que aumenta a velocidade do game em 20%, deixando a ação ainda mais intensa e várias novas dificuldades impiedosas (sendo a mais difícil Gods Must Die), para quem gosta de desafios, além de troféus e conquistas atualizados. Tudo isso já liberado desde o começo.

“DmC” já tinha uma excelente mecânica de combate, com vários tipos de armas e combos fantásticos. Nesta nova versão temos um sistema lock-on, que facilita rastrear os inimigos e executar movimentos. E falando neles, vários inimigos e chefões demoníacos foram reequilibrados com diferentes padrões de ataque e dano recebidos. O sistema de estilos, ou combos, também sofreu algumas mudanças, obrigando os jogadores a misturar seus tipos de ataque para alcançar, e manter, os ranks mais altos.

Em termos de história, estrutura de estágios, personagens e trilha sonora, o jogo continua idêntico à sua versão original, sem alterações ou adições, o que não é nenhum problema, já que esse material apresentava um alto nível de qualidade – clique aqui para ler com mais detalhes sobre esses pontos.

* Jogo gentilmente cedido pela Capcom para a realização desta análise.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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