“Avante, Vingadores!”
Agora os fãs podem curtir a aventura em seus videogames com o o jogo oficial dos Vingadores… opa, pera aí…. não tem jogo oficial dos Vingadores! Pois é, esse foi um projeto que não foi “avante” e acabou sendo cancelado pela THQ, que estava produzindo o título.
Claro que provavelmente a Marvel vai lançar alguma coisa logo para ganhar uma grana em cima e aproveitar o sucesso do blockbuster. Mas enquanto isso não acontece, vamos relembrar o clássico game da super equipe: “Captain America and the Avengers” (que também está presente no nosso Top 10 Games de Super-Heróis).
O jogo foi originalmente lançado para arcades em 1991 pela saudosa Data East, e logo ganhou versões caseiras para o Mega Drive e Super Nintendo. O arcade, para a época, não se destacava entre outros lançamentos das concorrentes. Tinha gráficos bem simples e personagens pequenos na tela, numa época em que a onda era fazer os personagens o maior e mais detalhado possível (coisa que começou com “Final Fight” da Capcom).
Ok, ele podia não ser brilhante ou revolucionário, mas era um jogo de luta de rua (com algumas fases no estilo shoot’m up – os jogos de “navinha”) com super-heróis Marvel, permitia até quatro jogadores simultâneos, era divertido, desafiador e tinha uma atmosfera de quadrinhos muito bacana, o que foi suficiente para ganhar alguns fãs gastadores de fichas.
Das três versões, lógico que o do arcade era o que apresentava os melhores visuais e sons. As versões para Mega Drive e SNES possuem gráficos bem parecidos, porém a versão da Nintendo é lenta e com controles travados, simplesmente horrível de se jogar, dificilmente alguém aguenta jogar até o final da primeira fase. Já a versão do Mega Drive era mais popular, pois tinha controles mais precisos e não apresentava slowdowns, e era bem divertido de se jogar com um amigo (qualidades essenciais num beat’m up), como na versão arcade.
a versão para Mega Drive
A história também não primava pela originalidade: O Caveira Vermelha, arqui-inimigo do Capitão, cria um dispositivo que permite ao vilão controlar os piores vilões da cidade, e assim poder dominar o mundo. Agora cabe ao grupo de heróis mais poderoso da Terra, os Vingadores, derrotar essa cambada de malfeitor e dar umas porradas no Caveira Vermelha. Simples assim. O interessante é que entre as fases a história é contada no formato de quadrinhos, o que é bem legal.
Infelizmente aqui, diferente do filme, não teremos o Hulk, Thor ou a Viúva Negra para jogar. Mas o Capitão América, o Homem de Ferro e o Gavião Gay Arqueiro (sério, esse cara é um inútil, o seu superpoder é atirar bem com arco e flecha!) estão lá. Além deles temos também o Visão, herói porcaria que nunca foi muito popular nos quadrinhos.
escolha o seu super-herói e arrebente tudo
Aliás, o jogo todo tem a atmosfera de quadrinhos, com explosões, inimigos coloridos e situações surreais e bizarras, como lutar contra um polvo gigante robótico. Os cenários, apesar de simples, são variados e contam com lugares como a cidade semi destruída, o topo de prédios, fase subaquáticas, bases secretas inimigas, e o espaço no quartel general do Caveira Vermelha (que construiu uma terrível arma laser gigante na lua).
Como já descrito, o jogo mistura os estilos beat’m up e shoot’m up, o que o deixa bem interessante (apesar dessas fases não terem um design mais bem elaborado, e como todo o jogo, são muito simples), e até hoje é algo que não foi muito bem aproveitado nos games. Os heróis podem atacar com golpes corpo-a-corpo ou a distância, cada qual utilizando a sua arma. Não há muita variedade de golpes ou estratégias aqui, basta ir andando e apertando o botão. O jogo possui uma dificuldade baixa (a versão para Mega Drive), então se quiser um desafio maior já coloque no início antes de começar a aventura.
o jogo possui fases estilo “navinha” para dar uma variada
As músicas são chatinhas e talvez você queira colocar um rockzão em seu som enquanto joga, pois pode ajudar na empolgação. O game conta com várias vozes e frases digitalizadas, porém elas são tão forçadas que chegam a ser cômicas. Algumas frases nem mesmo fazem sentido, como a frase “Why should it go well?”, em resposta a um vilão que falou “Don’t disturb us!”. Algo que pode se tornar bastante irritante é que toda vez que o seu personagem é atingido, ele grita um sonoro “nooooo” (e com o tempo enche o saaaaco!).
“Why should it go well?”