Análises

H.E.R.O

H.E.R.O é mais uma das preciosidades que a Activision lançou para o Atari 2600, nos longínquos anos de 1984. É considerado um dos melhores games do console, rivalizando com games como Pitfall, River Raid e Enduro, apenas para citar alguns.

Em H.E.R.O, teremos de guiar o personagem principal adentro de minas subterrâneas com a finalidade de resgatar os sobreviventes que nelas estão presos. Para isso, nosso herói está equipado com um jetpack com hélice de helicóptero, equipamento esse que, na verdade, justifica o brilhante nome do game, pois além de H.E.R.O significar literalmente “herói”, é a sigla de Helicopter Emergency Rescue Operation.

Com esse equipamento, nosso herói pode plainar e até mesmo voar, habilidades necessárias para prosseguir no game e alcançar seus objetivos. Além desse “jetpack”, o personagem principal conta com uma arma de projéteis instalada no capacete do cidadão, que imageticamente ficaram parecendo lasers, e bananas de dinamite.

A arma de projéteis serve para eliminar do caminho as animosidades que nosso herói encontrará ao longo da exploração das minas. Todos esses “inimigos” são seres vivos, ou dão a impressão de ser, pois seres como morcegos e cobras são facilmente identificáveis, mas existem dois seres que até hoje não consigo identificar o que seriam. As bananas de dinamite servem para destruir paredes que estiverem obstruindo seu caminho, mas devem ser usadas com sabedoria, pois são contadas e uma vez acionadas explodem rapidamente, um momento de bobeira e ela explodirá na cara do jogador, e ai é uma vida a menos. É possível também destruir as paredes com os projéteis, mas isso leva muito tempo, portanto não é nada recomendável.

O próprio cenário conspira contra o jogador, não somente por ser labiríntico, mas por possuir algumas paredes, que sempre acreditei serem paredes de lava vulcânica por piscarem em um vivaz vermelho, que ao tocadas, matam o herói. Para completar, algumas das telas possuem uma lanterna, normalmente posicionada estrategicamente para que o jogador passe por cima dela no prosseguimento de seu caminho, ao fazer isso, a iluminação do cenário de vai, fazendo todo o ambiente ficar negro, ou seja, o jogador não saberá para onde está caminhando, a não ser já conheça o caminho de ante-mão. O ideal, evidentemente, é evitar atravessar o caminho da lanterna.

Composto por 20 fases diferentes, H.E.R.O possui em todas elas uma mesma estrutura básica de jogo. Temos de encontrar o minerador preso naquela fase antes de o tempo se findar, sendo que, o tempo aqui, é indicado pelo tempo que o “jetpack” ainda possui energia para operar. Se a “força” do “Jetpack” se findar antes de o resgate ocorrer já sabe né?

Apesar de possuir quantidade de níveis fixos, o game não possui acaba ao atravessar todos. Ao ultrapassar o fase número 20, o game repete os fases já ultrapassadas com um pouco mais de dificuldade, o assim o faz até que se findem as vidas do jogador. Pessoalmente, não sei se o game termina quando alcançamos “X” pontuação, pois nunca cheguei a tal. Pesquisei por ai sobre isso, mas são tantos boatos infundados que ouvimos sobre esses games de Atari, que prefiro não confiar em nenhum, qualquer dia desses tento finalizar H.E.R.O por pontuação e lhes conto como foi.

Jogar H.E.R.O não é tão simples quanto alguns vídeos na internet nos fazem acreditar ser. Não é tão simples assim, pelo menos inicialmente, acertar com precisão os vôos e a altura dos mesmos durante a jogatina. É muito mais simples morrer por conta de ter perdido o controle do personagem do que se imagina. Entretanto os controles respondem com a precisão com o qual o game demanda.

Visualmente o jogo é magnífico. Muitas cores compõem as telas do game e a animação do herói enquanto ele corre é muito boa mesmo, não dá nem para acreditar que isso saiu de um Atari 2600. Fora isso, H.E.R.O é um o primeiro game, de que me recordo, a se utilizar de um sistema de iluminação “dinâmica”. Quando apagamos uma lanterna tudo se escurece, no entanto, se colocamos uma banana de dinamite, enquanto somente o pavio está acesso, a tela ganha cores mais escuras, simulando uma leve iluminação no ambiente. Quando a dinamite explode, por um instante, temos a iluminação regular, com as cores vivas usuais. Depois tudo volta a escurecer. É o Atari 2600 com “iluminação em tempo real” rapaz!

O game não possui nenhuma música, possui somente os sons de explosões e alguns efeitos sonoros fugidios. Tendo em vista o trabalho visual do game é compreensível que não deve ter sobrado espaço no “gigantesco” cartucho do Atari 2600 para inclusão de músicas. Enquanto isso auxilia no clima de isolação e resgate do game, deixa as partidas um pouco monótonas, apesar de tal ocorrência não ser um caso isolado em game da época.

Novamente trouxe aqui um dos melhores games dessa época para analisar/relembrar. Atualmente é fácil encontrar games de Ataria 2600 em Java para jogarmos no próprio navegador. Os aconselho a procurar algo do gênero para experimentar games como Pitfull e H.E.R.O, por exemplo, pois assim poderão, ou conhecer, ou relembrar, a época do dourado nascimento do entretenimento eletrônico.

Eduardo Farnezi

De volta como contribuidor freelancer do site GameHall, um dos fundadores do não mais existente blog Canto Gamer, fundador do blog Gamerniaco e ainda atuante nos projetos do grupo Game Champz e Agência Joystick. Gamer por paixão, cinéfilo por vocação, leitor de mangás e HQs por criação e nerd pela somatória dos fatores. Acredita que os únicos possíveis cenários de apocalipse são Zumbis e Skynet e não sai para noitadas por medo do que Segata Sanshiro pode fazer se encontrá-lo.

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