Análises

Super Star Wars

A long time ago in a galaxy far, far away…

Em uma época não tão distante assim, a LucasArts, junto com a Sculptured Software, lançavam em 1992 um dos maiores clássicos dos jogos de plataforma no Super Nintendo: “Super Star Wars”. Seria o primeiro, de três brilhantes games, baseados na trilogia original da saga “Star Wars”, que adaptavam de forma bastante competente a narrativa, a atmosfera, a música e toda a mitologia dos filmes, em um único (ou três se contar todos) cartucho de videogame. Sem dúvida uma das melhores conversões de filme para games (coisa que hoje em dia é bem difícil de se fazer).

“Super Star Wars” é na verdade um remake de “Star Wars”, jogo não muito conhecido lançado em 1991 para o NES e Master System, e para os portáteis Game Boy e Game Gear. Apesar do termo “Super” estar presente em 90% dos títulos do SNES (e muito deles de “super” não tinham nada), ele foi muito bem aplicado aqui, revelando ser um jogo bastante superior ao seu irmão 8 bits.

Luke começa sua aventura nas areias de Tatooine – o chefão Sarlacc aparece somente no terceiro filme

A história é baseada no primeiro filme de 1977, “Star Wars Episode IV: A New Hope”, que todo mundo que não more em uma caverna ou em outra galáxia, já deve conhecer. Mas caso você tenha passado os últimos 35 anos vivendo numa caverna de Platão, aqui vai um breve resumo: Você é Luke Skywalker, um simples fazendeiro do planeta Tatooine que sonha com grandes aventuras no espaço. O terrível Império Galáctico é quem controla a galáxia, sendo representado pelos malévolos Darth Vader e o Imperador Palpatine, que estão atrás da Princesa Leia Organa, acusada de fazer parte da resistência ao Império, a Aliança Rebelde, e de ter roubado os planos do projeto secreto imperial, a Estrela da Morte. Leia é capturada, mas ela consegue esconder os planos na memória do droide R2-D2, que junto com o seu parceiro C-3PO, conseguem escapar para o planeta Tatooine.

E aqui começa a o jogo, com você controlando Luke pelos cenários desérticos do planeta, que encontra os droides (que por sua vez buscam pelo ex-cavaleiro Jedi Obi-Wan Kenobi). Há, é claro, algumas adaptações do roteiro original para favorecer a mecânica e desafio do jogo, mas nada de preocupante. São 11 fases (todas inspiradas em cenários do filme, como a clássica cantina, o porto de Mos Eisley e logicamene a Estrela da Morte) de ação plataforma 2D da melhor qualidade, além de três fases que utilizam o Mode 7 do SNES (a fase do X-Wing, no final do game, é sensacional – para a época foi uma grande revolução) e a última é de dentro da cabine de sua nave, em missão para destruir a Estrela da Morte. A dificuldade é acima da média, para Sith nenhum botar defeito, então não espere por muita moleza.

as fases em Mode 7 impressionam

Os controles respondem rapidamente aos seus comandos, apesar dos pulos serem um pouco imprecisos, especialmente na hora de alcançar plataformas mais altas. É possível controlar, além de Luke, também Han Solo e seu companheiro peludão Chewbacca. Enquanto Han é ligeiramente mais ágil, Chewie possui uma barra de energia um pouco mais longa que os outros dois personagens. E tanto Chewie como Han começam com a pistola com poder de fogo maior que a de Luke, que por sua vez é o único que pode usar o sabre de luz (mas apenas por ser “legal”, já que como arma em si é bastante inútil, sendo a pistola melhor opção para matar os inimigos). A pistola pode ganhar alguns power-ups, ficando mais forte até atingir o último nível, Plasma (ao morrer ela volta para o tiro básico).

Os gráficos são bem feitos, grandes e detalhados na tela, especialmente dos heróis principais e dos inimigos, todos baseados da biblioteca dos filmes, então pode esperar por um design artístico impecável. Os cenários de fundo são simples (coisa que mudou nos jogos seguintes), mas captam bem a essência e atmosfera do filme, com áreas bastante variadas e criativas. Entre as fases temos algumas cut-scenes, com legendas com diálogos do próprio filme, que ajudam a contar a história e aumentam a imersão no game.

Já a trilha sonora é baseada nos fantásticos temas orquestrados de John Williams, e claro que muito se perdeu na conversão, mas mesmo assim apresentam uma qualidade magnífica e não deixam nada a desejar aos originais e poderá arrancar algumas lágrimas de emoção de fãs mais antigos (escute alguns deles abaixo). Os efeitos sonoros também estão ótimos, bem variados e barulhentos (talvez até um pouco demais, as vezes o som da pistola chega a irritar).

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Remember, The Force Will Be With You…Always!

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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