Prévias

The Witcher 3: Wild Hunt na BGS 2013

por Giuseppe Carrino Neto

Representando o Gamehall, tive a oportunidade de conferir o mais novo jogo da saga Witcher a portas fechadas e também consegui trocar uma ideia com um dos produtores do jogo, Marek Ziemak, após a demonstração. The Witcher 3 é o terceiro jogo da trilogia que conta a história de Geralt de Rivia, um caçador de monstros que odeia a injustiça e está sempre envolvido em grandes aventuras devido aos seus poderes e habilidades únicas de combate.

Inicialmente, foi mostrada a cinemática Killing Monsters, já disponível faz algum tempo. Só que desta vez com legendas em português! Nos foram explicados também alguns detalhes relacionados à história. Ao contrário dos jogos anteriores, em Witcher 3 o foco principal será Geralt e não algum evento que está acontecendo pelo mundo do jogo. Outro fator interessante é que dependendo de como você decidir completar uma sidequest, alguma coisa mais para frente na história principal pode ter um desfecho completamente diferente por causa de sua decisão. Até mesmo decidir não fazer a missão opcional pode ocasionar uma mudança no decorrer do jogo, ou seja, as possibilidades de conclusão da campanha principal deverão ser ainda mais complexas do que nos jogos anteriores.

O jogo nos foi demonstrado em um computador com Windows 7. Ele estava rodando uma versão Pré-Alpha, onde inclusive existia a possibilidade de aparecer algum bug. Teríamos de torcer para nada de muito grave acontecer e “quebrar” o jogo. Palavras do próprio produtor. Por sorte, nada de grave ocorreu, mas apareceram sim alguns bugs. Não valem a pena ser mencionados já que o produto final não deverá tê-los. Pelo menos, assim esperamos. Pelo fato de ser uma versão muito inicial do jogo, fotos e vídeos estavam estritamente proibidos.

Graficamente o jogo está um espetáculo. Devo confessar que é o jogo mais bonito que vi até hoje rodando na minha frente. Os detalhes de cenário, texturas e iluminação estão em um nível que não existe hoje em qualquer outro jogo que eu me recorde. Existem fogueiras que você pode usar para descansar e quando isso acontece, o tempo no jogo passa mais rápido. Foi demonstrado como funciona a passagem de tempo e a mudança climática dentro do universo de Witcher 3. Devo dizer que fiquei boquiaberto nos detalhes das nuvens aparecendo e sumindo, o sol se pondo e o céu ficando escuro com as estrelas aparecendo. Como falei antes, está em um nível inexistente hoje em qualquer jogo disponível no mercado.

A melhor parte foi quando começou a chover e a ventar forte. Toda e qualquer vegetação se movia com uma naturalidade assustadora, mostrando que a física do jogo em relação a isso também está incrível.

Foi demonstrado também bastante do combate. Ele parece muito mais dinâmico do que nos jogos anteriores e também mais intuitivo. As animações durante as lutas pareciam ser bem naturais, assim também como o sangue jorrando dos inimigos atingidos e os detalhes das partículas saindo da mão de Geralt enquanto ele executava uma magia de lança-chamas.

Houve um momento que foi mostrada uma luta de Geralt com um monstro que Marek chamava de “fiend”. Uma espécie de troll gigante com chifres de veado, apoiado nas quatro patas. A luta com ele se mostrou bem desafiadora e nela foi possível identificar momentos onde era necessário tomar decisões rápidas para desviar das investidas do inimigo. Ele também possuía poderes especiais que lhe davam uma certa vantagem contra o jogador. Neste caso, tudo ficava escuro, como se Geralt houvesse sido transportado para outro mundo e o monstro o atacava de onde ele menos esperava.

Foi também demonstrado o modo detetive, chamado de Witcher Senses. Usando ele, você consegue detectar pistas sobre monstros que você está caçando ou mistérios que você precisa resolver. Bastante similar ao que acontece no modo detetive dos recentes jogos do Batman.

Uma sidequest majoritária foi jogada também, onde o jogador entrava em um vilarejo e precisava descobrir que monstro estava matando todo mundo. Havia diversos modos de você concluir este objetivo, mas apenas um deles foi mostrado. Ao descobrir qual era o monstro, dava para procurar mais informações sobre ele em um bestiário, para descobrir seus pontos fortes e fracos.

Durante a luta contra esta besta-fera, novamente fiquei espantado com a qualidade dos gráficos. O vento batendo na grama, balançando o galho das árvores, o clarão do sol passando por detrás da folhagem, tudo isso acontecendo ao mesmo tempo que uma luta contra um monstro enorme e quatro lobos, sem nenhuma queda aparente de desempenho.

Vale mencionar também que o jogo não estava rodando o tempo inteiro a 60 quadros por segundo. Eu diria, por “olhômetro”, que estava variando entre 45-60. Mesmo assim, achei impressionante, já que se trata de uma compilação muito inicial do jogo.

Outros detalhes também foram passados, tais como:

– O mapa do jogo é 35x maior que do Witcher 2.
– Você usa um cavalo e barcos para se locomover pelo mapa. Foi demonstrado.
– Existe um sistema de Fast Travel igual ao de Fallout ou Skyrim. Foi demonstrado.
– Existe um sistema de venda e compra no jogo, onde você pode coletar certos itens e vendê-los nos vilarejos. Por exemplo, você pode comprar algo que é barato no vilarejo X e vender por um preço maior no vilarejo Y, onde existe muita demanda para o item em questão.
– Geralt no começo do jogo ainda está com aparência mais jovem, sem muita barba.
– Não será necessário jogar Witcher 1 e 2 para entender a história do 3 e tão pouco ler os livros da franquia.

Por fim, após a demonstração jogável, assistimos a um vídeo onde aparecem cenas de gameplay de Witcher 3. O mesmo vídeo da E3, só que também com legendas em português. Devo dizer que se o pré-alpha está desse jeito, mal posso esperar para ver o produto final.

Depois disso tudo, consegui fazer algumas perguntas para Marek Ziemak, todas enviadas a mim por fãs assíduos dos jogos anteriores que gostariam de saber mais sobre este novo capítulo na história de Geralt.

Gamehall: O modo detetive (Witcher Senses) poderá ser usado em combate para algum efeito diferenciado?
Marek: Não exatamente isso, mas haverá algo parecido que será implementado. Não vou falar nada no momento para não estragar a surpresa (risos).

Gamehall: O jogo será lançado totalmente em português?
Marek: Inicialmente devemos apenas deixar legendas e textos em português. Mas, caso a demanda do jogo pelos brasileiros seja muito alta na pré-venda, existe uma grande possibilidade de lançarmos o jogo totalmente localizado ou uma atualização no futuro que instalaria a dublagem em português do Brasil.

Gamehall: Personagens como Yennefer e Succubus estarão de volta?
Marek: Muitos dos personagens de Witcher 2 estarão presentes, incluindo alguns bastante populares entre o público que jogou o game anterior (pisca o olho, risos).

Gamehall: Quando jogo será lançado? Vocês tem uma data específica?
Marek: Não temos uma data específica, infelizmente. Apenas que sairá em 2014. Queremos lançar o melhor jogo possível com os mais de 10 anos de experiência que adquirimos ao fazer a franquia Witcher.

Gamehall: Vocês estão trabalhando em alguma função de jogabilidade remota do Vita com PS4?
Marek: No momento não estamos fazendo nada relacionado a isto.

Gamehall: Haverá mais customizações no modo como Geralt parece? Armaduras, cabelo, rosto, etc.?
Marek: Com certeza.

 

 

Gostaria de agradecer em nome da GameHall à CDProjekt e ao Marek Ziemak pela cortesia com a qual tratou não apenas a mim, mas todos os presentes durante a apresentação. Obrigado pela oportunidade e continuem tendo fé no mercado brasileiro!

 

Sammy Anderson

Fundador do GameHall e produtor do programa Versus.

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