A série Final Fantasy é uma das mais antigas e tradicionais no mundo dos games, mas você já se perguntou por que um jogo principal, mesmo tendo elementos recorrentes, não continua diretamente a história do outro?
A resposta está no DVD “Beyond Final Fantasy”, incluído na versão internacional do Final Fantasy X, que conta com entrevistas com dubladores, trailers e diretores. Nele, o produtor original de Final Fantasy na época da Squaresoft, Hironobu Sakaguchi, diz:
“Depois de sair do Famicom (Nintendinho japonês), havia uma hora que eu não estava feliz com nada que eu estava criando. Eu pensei em me aposentar da indústria dos games e criei o Final Fantasy como meu projeto final. É por isso que o título inclui a palavra ‘final’, mas o título reflete o meu estado emocional na época e sentindo que o tempo tinha parado. ” – disse Sakaguchi.
“Eles dizem que em relação a tecnologia, é bom seguir em frente, e cada vez, nós vamos dar tudo de nós e colocar todas as nossas habilidades e energia até a gente não poder ir ‘mais longe’. por isso considero uma ‘Fantasia Final’. “ – continuou.
“As histórias e personagens mudam cada vez. Isso porque as histórias tendem a limitar o mundo e acho que mudando esses aspectos e criando um novo material para cada título, nós podemos mostrar todo nosso potencial. De certa forma, você pode dizer que é como um desafio para nós’ – conclui.
Com a fusão da Squaresoft com a Enix em 2003, essa tradição foi “quebrada” devido as novas políticas internas da empresa, e o Final Fantasy X ganhou uma sequência direta: X-2. Desde então, veio também compilações referentes ao VII, um dos mais populares até hoje, com histórias que se passam antes, um longa metragem que se passa depois, e agora um remake.
Pouco tempo depois, Sakaguchi se demitiu da Square Enix e fundou sua própria desenvolvedora: Mistwalker. Em março de 2015, ele foi reconhecido com um prêmio pela Game Developers Conference Lifetime Achievement Award por seu trabalho com a série Final Fantasy e outros RPGs.